Durante minhas pesquisas, tanto na internet como em arquivos pessoais, me deparei com o tema desenvolvido nesta série de postagens. Embora os textos utilizados possam parecer recentes peço aos leitores que compreendam que em diversas ocasiões nas obras citadas determinados conceitos podem estar - e em alguns casos provavelmente estão - fora do contexto acadêmico atual, mas ainda assim julguei importante a menção destes textos nesta série de postagens. Portanto, tenham uma boa leitura!
Origem dos Deuses.
Dificilmente podem-se atribuir ao acaso as notáveis similaridades prontamente observáveis quando se comparam os deuses e as deusas dos povos antigos. Concernente a isto, J. Garnier escreveu o seguinte:
“Não apenas os egípcios, os caldeus, os fenícios, os gregos e os romanos, mas também os hindus, os budistas da China e do Tibete, os godos, os anglo-saxões, os druidas, os mexicanos e os peruanos, os aborígines da Austrália e até mesmo os selvagens das ilhas dos Mares do Sul, devem todos ter derivado suas idéias religiosas de uma fonte comum e de um centro comum. Em toda a parte deparamo-nos com as mais surpreendentes coincidências nos rituais, nas cerimônias, nos costumes, nas tradições, e nos nomes e nas relações de seus respectivos deuses e deusas.” — The Worship of the Dead (A Adoração dos Mortos), Londres, 1904, p. 3.
Quanto aos povos dispersos, para onde quer que tenham ido teriam levado junto a sua religião, que seria praticada sob novos termos, na nova língua deles e em novos lugares. O povo teria sido disperso nos dias de Pelegue, que teria nascido cerca de um século após o Dilúvio e morrido à idade de 239 anos. Visto que tanto Noé como seu filho Sem sobreviveram a Pelegue, a dispersão ocorreu numa época em que eram conhecidos os fatos a respeito de acontecimentos anteriores, tais como o Dilúvio. Este conhecimento, sem dúvida, perdurava em alguma forma na memória do povo disperso. Isto é indicado pelo fato de que as mitologias dos antigos refletem várias partes do registro bíblico, porém, de forma distorcida e politeísta. As lendas descrevem certos deuses como matadores de serpentes; também, as religiões de muitos povos antigos incluíam a adoração de um deus colocado no papel de benfeitor, que sofre morte violenta na terra e é então trazido de volta à vida. Isto talvez sugira que tal deus era, na realidade, um humano deificado, erroneamente considerado como o ‘descendente [semente] prometido’. Os mitos falam a respeito de casos amorosos entre deuses e mulheres terrenas, e dos feitos heróicos de sua descendência híbrida. Dificilmente existe uma nação na terra que não tenha uma lenda a respeito dum dilúvio global, e, nas lendas da humanidade, são também encontrados vestígios do relato da construção da torre.
A evidência derivada de escavações e de textos antigos indica a existência de mais de 50 templos. O principal deus da cidade imperial era Marduque, chamado Merodaque na Bíblia. Sugeriu-se que Ninrode fora deificado como Marduque, mas as opiniões dos peritos variam quanto à identificação de deuses com humanos específicos. Na religião babilônica também se destacavam tríades de divindades. Uma delas, composta de dois deuses e uma deusa, era Sin (o deus-lua), Xamaxe ou Samas (o deus-sol), e Istar; dizia-se que estes eram os governantes do zodíaco. E ainda outra tríade era composta dos diabos Labartu, Labasu e Accazu. Além disto os babilônios acreditavam na imortalidade da alma humana e teriam desenvolvido a astrologia no empenho de descobrir o futuro do homem nas estrelas. A feitiçaria e a astrologia desempenhavam um papel destacado na religião deles. Muitos corpos celestes, por exemplo, planetas, receberam nomes de deuses babilônios. A adivinhação continuava a ser um dos componentes básicos da religião babilônica nos dias de Nabucodonosor, que a usava para tomar decisões.
Na
próxima postagem: AS ORIGENS DOS DEUSES 2ª PARTE - AS DEIDADES ASSÍRIAS
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