Novamente trago em minha postagem um tema relacionado a antigas deidades, desta vez venho falar da Rainha dos Céus, título que pode nos parecer familiar. Este, no entanto, era o título duma deusa adorada pelos israelitas - sim! pelos israelitas - por volta do 6º século a.C..
Embora estivessem envolvidas primariamente as mulheres, pelo visto a família toda participava de algum modo na adoração da Rainha dos Céus. As mulheres coziam bolos sacrificiais, os filhos ajuntavam a lenha e os pais acendiam as fogueiras. A adoração desta deusa exercia forte influência sobre os judeus e isto se reflete no fato de que aqueles que haviam fugido para o Egito após o assassinato do governador Gedalias atribuíram sua calamidade à negligência em oferecerem fumaça sacrificial e ofertas de bebida à Rainha dos Céus.
Acima representação moderna idealização da deusa Inanna Deusa Inanna Fui até lá de livre vontade fui até lá com meu vestido mais lindo minhas jóias mais preciosas e minha coroa de Rainha do Céu no inferno diante de cada um dos sete portões fui desnuda sete vezes de tudo o que pensava ser até que fiquei nua daquilo que de fato sou então eu a vi ela era enorme e escura e peluda e cheirava mal tinha cabeça de leoa e patas de leoa e devorava tudo que estivesse a sua frente Ereshkigal, minha irmã ela é tudo o que eu não sou tudo o que eu escondi tudo o que eu enterrei ela é o que eu neguei Ereshkigal, minha irmã Ereshkigal, minha sombra Ereshikigal, meu eu Texto e imagem reproduzidos de: sagrado-feminino.blogspot.com §§§§§§§§§§§§ Fragmentos de poemas dedicados a Inanna " (...) Eu sou o braço do guerreiro, a flecha que traspassa o inimigo (...)" [...] "(Vós) ... Que estais coberta com o seu sangue, Que rondais tempestuosamente as grandes batalhas, Que pisais os escudos, Que provocais a chuva-enchente, Grande rainha Inanna experiente em planejar o ataque" Texto reproduzido de: http://dragaosumeriano.blogspot.com/ |
Pelo visto, a adoração de Istar propagou-se para outros países. Numa das Tabuinhas de Amarna, escrevendo a Amenófis III, Tushratta menciona “Istar, senhora do céu”.
A menção à Rainha dos Céus, porém, não para por aí, por exemplo: no Egito, certa inscrição do Rei Horemheb, que segundo se crê reinou no século 14 a.C., menciona "Astarte [Istar], senhora do céu", outro fragmento desta vez duma estela encontrada em Mênfis, do reinado de Memepta, rei egípcio de aproximadamente o século 13 a.C., representa Astarte, senhora do céu." No período persa, em Siene (na moderna Assuã), Astarte foi apelidada de "a Rainha dos Céus".
Epifânio (79, 8, 1, 2) relacionou tais práticas com a adoração da “rainha dos céus” apresentada em Jeremias (profeta bíblico). — Epiphanius (Epifânio), editado por Karl Holl, Leipzig, 1933, Vol. 3, pp. 476, 482, 483.
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