28 de junho de 2012

Frankenweenie


Frankenweenie é a mais nova produção de Tim Burton com data de lançamento no Brasil prevista para 02 de novembro de 2012 e conta a história de Victor um menino que após perder seu cachorro "Sparky" em um acidente usa os conhecimentos científicos para dar vida ao seu cão novamente.
O ambiente de Frankenweenie bem como o nome do filme são uma referência óbvia ao frankenstein de mary shelley, fato que o espectador poderá notar facilmente. O filme produzido pela técnica do stop-motion
trás a marca já conhecida de outros filmes nos quais Burton teve participação, tais com A Noiva Cadáver e O Estranho Mundo de Jack.

Filmado em preto e branco, Frankenweenie é mais uma promessa para os fãs de Burton e suas histórias.
Abaixo o trailer oficial em português.


26 de junho de 2012

Sonata da Perdição

Sonata da perdição

Escuta a cantiga
Tímida que nos percorre
Suave que de tua boca escorre
Coro de beleza antiga...

Adormece em leito sinfônico
Orquestra de lívidas formas
Arranjada em incontáveis somas
De exuberantes chamas

Propaga o tenro som no véu
Banha a pele quente e febril
Da pálida, rainha das cordas!

Incendeia os campos e invade o céu
Atraca no etéreo porto, sutil, sutil
E derruba os castos, em ondas voluptuosas... 

Escute! Escute! O coro!
Sutirnas vozes de eloquência indefinida
Noturnas notas de melodia desconhecida
Mas escute! Eis o coro de etéreas elfas...
Mas sinta! Eis o som de fino violino...

A obra de sinistro deus
Em forma de majestosa sereia
Errante, soluçante, nos sonhos meus
Em gozo das curvas sonoras de lascívia que serpenteia

Caia! Eis o sonata da perdição...

25 de junho de 2012

Nascimento da arquitetura gótica

O texto a seguir foi extraído de: Opera Mundi

No dia 11 de junho de 1144, a inauguração do coro da Basílica de Saint-Denis marca o nascimento da arte gótica. Convidados pelo abade Suger, participariam de cerimônia o rei de França, Luis VII, sua mulher, a duquesa Alienor da aquitânia, e todos os grandes personagens da corte e do clero.

Arcebispos, maravilhados pela luz dos vitrais e pelo arrebatamento das esculturas, retornariam às suas dioceses com o desejo de reconstruir suas próprias catedrais dentro do peculiar estilo de Saint-Denis.

O estilo arquitetônico que caracteriza o coro de Saint-Denis foi batizado de ogival por conta do padrão estético de seus arcos. Também chegou a receber o nome de arte francesa dada sua origem, a Paris do século XII. Apenas em meio à renascença italiana é que passaria a se chamar arte gótica, um escárnio que associava essa arquitetura a algo "apenas digno das tribos bárbaras Goths".

O termo gótico foi usado pela primeira vez pelo pintor Rafael por volta de 1518, num relatório ao papa Leão X sobre a conservação de monumentos antigos. O pintor considerava que os arcos em ogiva lembravam a curvatura das árvores que formavam as cabanas primitivas dos habitantes das florestas germânicas. O termo gótico é retomado num sentido pejorativo pelo crítico de arte Giorgio Vasari, em 1530, fazendo referência ao saque de Roma pelos bárbaros Goths.

Filho de um servo, o abade Suger ascendeu à cúpula da Igreja de do Estado somente por seu talento. Sua abadia, cujas partes mais antigas remontam aos reis merovíngios da linhagem de Clovis, foi desde cedo um lugar de peregrinação. Desde a época de Dagoberto, os reis e príncipes queriam ser enterrados lá. Pepino, o breve, e seus dois filhos, Carlman e Carlos Magno, foram ali sagrados reis da França pelo papa.

Empreendedor singular, mandou reconstruir a abadia de saint-Denis. Suas concepções arquitetônicas eram opostas as de seu contemporâneo e rival, o austero Bernard de Clairvaux, que defendia o despojamento dos locais de culto.

Num primeiro momento, o abade adota para a fachada e para a cripta o estilo romano da época. Ainda assim, introduz na fachada uma soberba rosácea, a primeira do gênero. O estilo romano se expandiu no Ocidente após o ano mil, por ocasião da renovação da igreja. Caracterizava-se por abóbadas de berço, também conhecidas como abóbodas de canudo, abóboda cilíndrica ou de canhão. Capazes de sustentar sólidas paredes de pedra, eram construídas como um contínuo arco de volta perfeita, retomando posteriormente pela arquitetura do Renascimento.

Todavia, por volta de 1130, por ocasião da construção da catedral de saint-Étienne em Sens, um novo estilo arquitetônico surge discretamente, trazendo formas mais leves, mais esbeltas e mais luminosas. O abade Suger ficou seduzido por esse novo estilo e decide se inspirar para o término de sua querida basílica.

Com a consagração do coro de saint-Denis, os contemporâneos tiveram consciência de assistir ao nascimento de um novo estilo arquitetônico, revolucionário por sua audácia e seu caráter resolutamente inovador.

Texto extraído de: Opera Mundi

18 de junho de 2012

Dama da Vida

Franz Von Stuck,
Pecado - 1863-1928
Dama da Vida

Vertigem na densa névoa
Tateio a certa trégua
Cambaleando ao limbo

Dama da vida
Ouvistes o coro desvanecido de vida
Ouvistes as preces da face que cai

Tua face que transborda o licor dos perdidos
Tua tez que prende ao fogo a mente dos cândidos
Tua voz que guia-nos ao descanso com negra volúpia

Dama da vida
Aceitarei a perdição
Abraçarei a sua salvação
Entregarei o que é de seu direito

A porta e o templo
Apostasia de gozos indefiníveis
De soluços intransigíveis
No teu seio...

Vida da cama serpentinal  
Fogo e lascívia
Medo e fascínio

A dama da vida serpentinal

_ Hugo Borges

8 de junho de 2012

Os vampiros búlgaros


Esta matéria foi publicada originalmente no site Sábado


Costume pagão recomendava que estacas de metal fosse cravadas de forma a impedir que o defunto se erguesse como vampiro.

De acordo com o Daily Mail, Dois "esqueletos de vampiros" foram encontrados perto de um mosteiro, na Bulgária. Já são mais de uma centena os cadáveres desenterrados com uma estaca de metal a perfurar-lhe o peito, descobertos em várias escavações por todo o país, afirmam arqueólogos búlgaros ao Medical Daily.

(além da Bulgária outro local que recentemente foi foco dos vampiros desenterrados foi Veneza onde ficou famosa a história da Vampira de Veneza)*

Apesar do nome, estes restos mortais não se tratam de irmãos raciais do território aristocrata que Bram Stocker popularizou no seu romance, Drácula, publicado no final do século XIX. Os "esqueletos de vampiros" são, na verdade, resultado de um costume pagão, popular em algumas aldeias da região Balcã.

Segundo se acreditava, uma estaca de ferro martelada no torso ou no coração dos cadáveres de pessoas particularmente malvadas durante a sua vida, impedia que estes retornassem dos mortos e se alimentassem dos vivos, dizem os arqueólogos do país.

À Fox News, Bozhidar Dimitrov, presidente do museu de História Nacional da Bulgária, refere que na semana passada foram encontrados mais dois esqueletos que obedeciam a estas características. Durante as pragas que assolaram o continente europeu entre os séculos XIV e XVIII, os coveiros que reabriam as campas comuns deparavam-se por vezes com cadáveres que aparentavam estar intactos. Historiadores ouvidos pelo Daily Mail acreditam que este pode ter sido um dos motivos que originou o mito dos vampiros, por se crer que estes não se tinham decomposto por se alimentarem dos restantes defuntos.

O mito medieval é visitado recorrentemente na cultura de ficção ocidental. Contudo, os dois esqueletos recentemente descobertos, com cerca de 700 anos de idade, são exemplo de uma prática que perdurou até o início do século XX.

*Acréscimo pessoal

6 de junho de 2012

A Melancolia do Meu Corpo

A Melancolia do Meu Corpo


Meu corpo está destruído, a tristeza se 
Propagou por todo o meu ser e levou 
Embora toda minha beleza, todo meu 
Sorriso, se é que um dia tive sorriso.

Nem mesmo a morte me aceita não me 
Leva embora consigo. Solidão, maldita 
Solidão eu a amo de ódio, mesmo assim 
Es minha melhor amiga.

As lágrimas que tanto derramo já não 
Existem mais, secaram. Assim como 
Meu espírito também secou.

Mas contínuo a chorar por dentro é 
Dessa forma que me divirto, brinco com 
Minha própria melancolia.

Se tu me amaste sentiria a essência das 
Flores e jogaria meus espinhos.

Se tu me amaste enxugaria meu sangue, 
transbordaria apenas de amor.

Se tu me amaste me atiraria  em seus 
Pés e te enxeria de prazer.

Se tu me amaste compartilharia o sabor 
Do meu corpo com o seu.

Se tu me amaste me deixava levar por 
Os arrepios sem temer aos espelhos.

Se tu me amaste arrancaria qualquer 
Tecido presente em meu corpo. Há se tu 
Me amaste!
                                                                - Renata Filth

5 de junho de 2012

Maligna Vênus


Hoje lhes trago um novo poeta cujos versos fortes nos inspiram. Seu nome é Vitor Mendes Dias e um de seus trabalhos pode ser apreciado abaixo. Outros trabalhos seus podem ser apreciados em seu perfil no facebook.
Sem mais delongas vamos aos versos. 



Maligna Vênus

Hoje eu contarei ao mundo
Uma história doentia
Daquelas que fazem a lágrima secar

O terror crucificado no cérebro
- após os assassinatos em série -
Onde vivem os monstros dos corredores da morte

Maníacos homicidas vivenciando facadas
Estupradores e psicopatas exumados do Inferno
Para o banquete da necrofilia
Onde vive o sabor frio e apático do inverno

Salientando a saliva venenosa do demônio
-Como narrativa-
Para mais um introspectivo manicômio:

"A pétala frágil e corrompida
Levantava de sua cripta
Prostituta suja, jogada na vala fétida da vida
Bebendo do esgoto, o alicerce da sua maldita sina

"Assim sucumbia..."

Lúcifer embaralhava as cartas
As cartas dos pesadelos internos
Alucinando estes detentos
A prisão etérea banhada pela energia maligna de Vênus...

Vitor Mendes Dias


2 de junho de 2012

Gritos do Inferno

Por muito tempo na história da humanidade os homens vem sendo atormentados por histórias sobre o submundo infernal, um local onde dor e sofrimento somam às almas atormentadas aflição indizível. Ainda que muitas dessas histórias não passem de histórias ficamos de tal modo fascinados com a ideia do submundo dos infernos que nos deixamos levar pelas, assim chamadas, provas e mesmo quando estas são descreditadas continuam a repercutir quase tanto quanto o som das almas condenadas no inferno.


Dr. Azzacove e a equipe que teria
perfurado os portões do inferno.
De acordo com o site Apocalipse 2000 "Em meados de dezembro de 1989, um grupo de geólogos russos, fizeram um poço de 14.000 metros de profundidade na Sibéria; e eles afirmam terem ouvido lamentações que vinham do centro da terra, pedindo água e misericórdia. 
... Um jornal da Finlândia publicou a matéria, com relatos dos operários e estudiosos que ouviram a fita. Um deles o Dr. Azzacove declarou o seguinte:
"Como um comunista eu não acredito no céu ou na bíblia, mas como um cientista eu acredito agora no inferno. Desnecessário dizer que ficamos chocados ao fazer tal descoberta. Mas nós sabemos o que nós vimos e nós sabemos o que nós ouvimos. E estamos absolutamente convencidos que nós perfuramos pelos portões do inferno!""