Sonata da perdição
Escuta a cantiga
Tímida que nos percorre
Suave que de tua boca escorre
Coro de beleza antiga...
Adormece em leito sinfônico
Orquestra de lívidas formas
Arranjada em incontáveis somas
De exuberantes chamas
Propaga o tenro som no véu
Banha a pele quente e febril
Da pálida, rainha das cordas!
Incendeia os campos e invade o céu
Atraca no etéreo porto, sutil, sutil
E derruba os castos, em ondas voluptuosas...
Escute! Escute! O coro!
Sutirnas vozes de eloquência indefinida
Noturnas notas de melodia desconhecida
Mas escute! Eis o coro de etéreas elfas...
Mas sinta! Eis o som de fino violino...
A obra de sinistro deus
Em forma de majestosa sereia
Errante, soluçante, nos sonhos meus
Em gozo das curvas sonoras de lascívia que serpenteia
Caia! Eis o sonata da perdição...
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