8 de maio de 2011

As Origens dos Deuses 2ª Parte - As Deidades Assírias

De modo geral, os deuses e as deusas assírios são idênticos às deidades babilônicas, como veremos na próxima postagen, No entanto, uma deidade, Assur, o deus principal, parece ter sido exclusivo do panteão assírio. Visto que a Assíria derivou seu nome de Assur, tem-se sugerido que este deus, na realidade, seja o filho de Sem, chamado Assur, deificado por praticantes da antiga adoração. 





Imagem de realização contemporânea representando a derrota do
rei Senaqueribe.
(www.templodeapolo.net)
Dessemelhante do Marduque babilônico, que também era adorado na Assíria, mas cuja sede de adoração sempre permaneceu na cidade de Babilônia, a sede da adoração de Assur mudava conforme os reis da Assíria passavam a fixar residência oficial em outras cidades. Também, construíram-se santuários de Assur em diversos lugares da Assíria. Um estandarte militar era símbolo primário de Assur, e era levado para o grosso da batalha. O círculo ou disco alado, do qual freqüentemente emerge um homem barbudo, representava o deus Assur. Às vezes mostra-se a figura humana segurando um arco, ou no ato de atirar uma flecha. Outra representação de Assur sugere o conceito duma tríade. Além da figura central emergindo do círculo, mostram-se duas cabeças humanas por cima das asas, uma de cada lado da figura central. Mas não apenas Assur era adorado na Assíria. Como se pode imaginar outros deuses teriam grande importância na Assíria entre eles, Nisroque que foi a deidade adorada por Senaqueribe, que fora rei da Assíria. Diversos peritos sugerem identificar Nisroque com o deus do fogo Nuscu, que de acordo com a crença da época ajudava na derrota dos inimigos no campo de batalha, era mensageiro dos deuses e dispensador da justiça. Todavia, não é possível identificar agora Nisroque com nenhuma deidade assíria conhecida. Curiosamente Nisroque não foi capaz de salvar a vida de Senaqueribe que morreria assassinado pelos seus próprios filhos, Adrameleque e Sarezer no templo daquele deus.

Gravura - Senaqueribe e a
batalha de Lakish.
(www.templodeapolo.net)
A crueldade, aliás, parecia fazer parte da vida cotidiana dos assírios segundo relatos que chegaram até os nossos dias eles eram extremamente violentos com seus prisioneiros queimando-os vivos após uma sessão de mutilação. Cortavam-lhe as mãos, pés, orelhas, faziam pirâmides com seus crânios. Em uma de suas batalhas, um rei assírio, levou cativos 14 mil homens como prisioneiros de guerra e apenas para se previnir contra revoltas, deu ordem ao seu exército que vazassem os olhos de todos os presos.

No entanto poucos relatos são mais assustadores do que aquele em que um rei inimigo cercado pelos exércitos assírios, resolveu fazer um acordo com o monarca assírio tentando preservar a vida de seus súditos, o trato consistia na sua rendição desde não houvesse derramamento de sangue, O acordo foi cumprido por ambas as partes. Os assíros conquistaram o território do inimigo.
E o inimigo... foi enterrado vivo!

No ano de 632 a.C. a capital da Assíria, Nínive seria destruída.


Fontes: Arquivos pessoais;

http://povosdaantiguidade.blogspot.com/2008/07/civilizao-assria-antigo-ashur-ou-assur.html


Próximo post: AS DEIDADES BABILÔNICAS

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