16 de abril de 2010

RITUAIS SATÂNICOS E TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

Taí um assunto que provoca incômodos em muita gente. A bem da verdade o tema provoca mais do que incômodo, provoca também a corrida de multidões aos cinemas, provoca uma verdadeira tsunami de livros publicados sobre o tema, provoca também a febre e histeria de milhões de jovens ao redor do mundo, aficionados pelo obscuro e cujos anseios de consumo de tais assuntos rende milhões talvez bilhões anualmente, esse tema provoca até postagens como essa, mas, sem mais comentários o texto abaixo retirado de um site de psiquiatria narra os acontecimentos da vida de uma mulher e rituais satânicos dos quais ela foi o "bode do sacrifício".
"... Joan Acocella conta que a paciente-estrela de um programa de tv americano, P. B., mudava de personalidade em frente à câmera para o Chicago Evening News, e acreditava ser uma sacerdotisa satânica que comia cadáveres. Afirmava que seus filhos eram membros do culto e assassinos experientes.
Os anos 80 foram cheios de rituais satânicos, muitos deles atribuídos aos Transtornos de Personalidade Múltipla. Era uma epidemia. Num livro sobre o assunto (Michelle Remembers) conta a história de uma dona de casa canadense que tinha sido torturada aos cinco anos por um culto satânico. Os satânicos quase a mataram de fome, vomitaram nela, a sodomizaram e a eletrocutaram.
Certa vez a levaram até um dique de pedra num carro arrebentado, esfregando nela pedaços de cadáveres ensangüentados. No final, a largaram dentro de um túmulo onde jogaram gatinhos mortos. Após um ano, eles a deixaram ir, e ela "esqueceu" tudo até que começaram suas sessões de hipnose com o Dr. Pazder, vinte e dois anos depois.
Em Appleton, Wisconsin, a paciente N.C. desenvolveu na terapia de Transtorno de Personalidade Múltipla, cento e vinte e seis personalidades alternantes, que incluíam um demônio e um pato! A fim de expulsar o demônio, o terapeuta submeteu-a ao exorcismo. Usou um extintor de incêndios, alegando que "Satanás costuma deixar anéis de fogo". Estas histórias e outras resultaram em acordos e indenizações multimilionárias..."

15 de abril de 2010

CASO RICKY KASSO

"Ricky Kasso era um jovem de 17 anos de idade que residia em Northport, Long Islande. Apelidaram-no de "Rei do Ácido", devido à sua afeição às drogas alucinógenas.
Em 1984, a polícia de Northport recebe uma chamada telefônica declarando que havia sido achado um corpo semi-enterrado num pequeno bosque de Aztakea. Um grupo de agentes se dirigiu ao lugar com a intenção de comprovar a veracidade da chamada, e efetivamente, nos bosques se encontrou o corpo de Gary Lauwers.
Por o elevado grau de decomposição do cadáver se estimou que devia levar ali mais de duas semanas. O homem havia sido apunhalado 32 vezes, das quais umas 22 na face. Devido ao mal estado do corpo, os agentes não poderiam assegurar o número exato de feridas, podendo ter sido um total de cortes maior ao precisado.
A polícia enfocou sua investigação sobre dos jovens bastante conhecidos no mundo policial como consumidores de drogas habituais e por cometer atos de vandalismo próprios de adolescentes. Se tratava de Ricky Kasso e seu amigo James Troiano. Os dois haviam deixado a escola secundária e se dedicavam a andar à toa pelas ruas.
Eram dos personagens curiosos, Troiano tinha o recorde de detenções por roubo, enquanto Kasso reunia detenções por casos mais estranhos, sendo a última por ter profanado uma tumba do século 19, tendo roubado um crânio e uma mão. Segundo suas declarações, pensava utilizar o material roubado num rito satânico.
Pouco depois foram postos sob custodia, e num interrogatório quase de rotina, ambos confessaram aos agentes terem cometido aquele assassinato. Diziam que tinham se unido a um grupo satânico local, conhecido como "Os Cavaleiros do Círculo Negro", o qual tinha ao redor de vinte membros e era conhecido por seus sacrifícios animais a satã.
Atribuíram ao crime parte de um rito satânico, no qual haviam extraído os olhos da vítima. Kasso declarou que estava no bosque com Lauwers e dois amigos, Quinones e Troiano. Disse que começou a sentir-se extremamente agressivo, então começou a golpear a Lauwers até perder o controle. Logo reconheceu haver sacado uma faca e apunhalado gritando "Diga que ama a satanás". Como o agredido contestava dizendo que "Não, eu só amo a minha mãe", matou-o.
Quando viu o que havia feito sentiu medo mas, nesse momento, disse ter escutado o canto de um corvo que, em sua mente, identificou como um sinal de satanás dizendo que o crime havia sido em sua homenagem, sendo um fato positivo para ele. Por outro lado, quando James Troiano foi interpelado em juízo por assassinato em segundo grau, declarou que nem o grupo de satanistas "Os Cavaleiros do Círculo Negro", nem o satanismo em geral haviam tido nada a ver com o crime.
Ele afirma ter sido apenas uma testemunha do assassinato, junto com Alberto Quinones. E, mesmo o satanismo não estando envolvido com o assassinato, admitiu que Kasso tinha um estilo de heavy metal muito duro e bastante relacionado com o satanismo, mas que as drogas haviam sido o fator principal do crime. O ato que motivou o assassinato, de fato, foi que Lauwers tinha roubado dez papelotes de droga de Kasso.
Para finalizar, em 7 de julho de 1984, Richarde Kasso se suicida na prisão de Riverheade, em Nova Iorque. Anos mais tarde, em 1992, baseado na história de Ricky Kasso, saia o filme My Sweet Satam (Meu Doce Satanás), escrita, dirigida e interpretada por Jim vam Bebber."

11 de abril de 2010

BRUXARIA OU HISTERIA (continuação)

"... Continuando a acompanhar as histéricas através dos séculos, no final da Idade média elas começaram a ser identificadas com as bruxas. A histeria passava a agregar genitália com o demônio. Aquelas criaturas femininas que curavam com poções mágicas, copulavam e faziam pactos com o demônio, entravam em transe e, como castigo, acabavam condenadas à fogueira. Segundo as ordens do papa Inocêncio VIII, em 1484, “... realmente, nos últimos tempos chegou a nossos ouvidos, o que certamente nos afligiu com amarga tristeza, que muitas pessoas, de ambos os sexos, sem pensar em sua salvação e afastando-se da Fé Católica, abandonaram-se a demônios, íncubos e súcubos. Por isso, decretamos e ordenamos que os já mencionados inquisidores tenham o poder para proceder à justa correção, ao encarceramento e ao castigo de quaisquer pessoas, sem embaraço e impedimento (...)”
Sobre o “tratamento” das bruxas-histéricas publicou-se em 1486 um famoso manual chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas). Alguns trechos desse Malleus Maleficarum pode nos dar uma pálida idéia da dimensão da histeria, não apenas das pacientes mas, da sociedade à sua volta.
“.... Os carrascos aproximaram-se, então, removendo-lhe o sambenito. Ela não esboçou qualquer resistência. Quando um eles, porém, tocou o laço que prendia o largo roupão ao corpo, ela gritou e recuou. As mãos fortes dos carrascos buscaram-na incontinente, imobilizando-a. O tecido que cobria seu corpo foi retirado e sua nudez pecaminosa expôs-se aos nossos olhos piedosos, alertados para os perigos e artimanhas do inimigo do Senhor, que a fez tão bela e tão sedutora com o único propósito de ceifar almas para o fogo do inferno. Percebi, porém, que ela estava mais magra do que era antes do processo”.
Os carrascos trataram, inicialmente, de raspar-lhe todos os pêlos à procura de algum sinal de malefício. De olhos fechados, ela parecia não se importar. Penso que isso tenha pesado contra ela no julgamento do representante do bispo, muito embora ele não se manifestasse a respeito. Lamentei, como todos devem ter lamentado, que tal mulher se tivesse deixado desencaminhar, incorrendo na heresia que acabaria por levá-la a uma condenação capital, caso não se arrependesse...”
Esse manual de diagnóstico para bruxas, o Malleus Maleficarum (1487; Martelo das Bruxas), dividia-se em três partes. A primeira ensinava os juízes a reconhecerem as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os. A terceira regrava as formalidades para agir “legalmente” contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las e condená-las (não necessariamente nessa ordem). Download disponível na página "Literatura".
A primeira parte do Martelo das Bruxas descreve quadros comportamentais perfeitamente compatíveis com a histeria. As maneiras de se identificar uma bruxa eram muitas, segundo o manual. Fora denúncias espontâneas e aquelas obtidas sob tortura, qualquer coisa servia como indício de bruxaria. Um ataque histérico ou epiléptico era a prova de possessão demoníaca, ser canhoto equivalia a ter feito pacto com o demônio, não comer carne de cabra, inclusive. Grave também era não ir às missas, mostrar-se inquieto, apresentar tiques nervosos, adoecer subitamente. Manchas no corpo era fatal, principalmente quando insensíveis à dor. Essas eram prova das mais válidas de ser, quem as tivesse, um servidor de Satanás.
Historicamente, um dos casos mais famosos e que relaciona visivelmente a histeria com a bruxaria, foi o julgamento e condenação de 18 ou 19 bruxas em Salem, uma cidade da Nova Inglaterra (EUA) em 1692.
Naquele ano, centenas de pessoas foram acusadas de praticar bruxaria. Entre junho e setembro, 18 pessoas foram condenadas e enforcadas e outra morreu de forma ainda mais bárbara, esmagada por pedras. Essas moças e mulheres acusadas manifestavam, todas, um forte comportamento histérico. Esse episódio foi fielmente retratado num filme chamado As Bruxas de Salem, dirigido por Nicholas Hytner, com Wynona Rider e Daniel Day-Lewis nos papéis principais.
Foi só em 5 de março de 1954 que a Câmara de Deputados do Estado de Massachusetts aprovou uma lei inocentando seis das dezenove mulheres executadas em Salem no ano de 1692. Isto equivale a um julgamento de bruxas em pleno século XX, pois se apenas seis mulheres foram absolvidas, implicitamente as outras treze tiveram sua condenação confirmada! Embora em 1957 a Comunidade de Massachusetts tenha revogado a extinção dos direitos civis das condenadas como bruxas em Salem, a que saibamos nada se fez para inocentar aquelas outras doze criaturas vítimas da intolerância (NetEstado, 1997).
Mais recente, em novembro de 2000, o Vaticano condenou exageros litúrgicos em sessões de cura. A Congregação para a Doutrina da Fé, que atualmente é o órgão do Vaticano que substituiu a Santa Inquisição, voltou a causar polêmica através de um documento sobre curas e exorcismos. O documento, de 17 páginas, está sendo visto por alguns especialistas como uma crítica à Renovação Carismática Católica, um movimento leigo, de inspiração pentecostal, que valoriza orações para cura e contra opressões do demônio.
O recente documento, assinado pelo prefeito da Congregação, cardeal Joseph Ratzinger, significa um progresso nas idéias que atrelam histeria com possessão. Embora o texto afirme que as orações dos fiéis para que Deus os cure de suas enfermidades sejam legítimas, ele ressalta que ... "qualquer coisa que se assemelhe a histeria, artificialidade, histrionismo e sensacionalismo deve ser afastada dessas práticas de cura." (O Estado de S.Paulo, 2000)..."

10 de abril de 2010

BRUXARIA OU HISTERIA

Um tema de natureza obscura sobre o qual muitas pessoas gostam de debater está relacionado às bruxas, mas diferentemente da corrente tradicional julguei fazer, dentro do possível, uma exposição mais científica e histórica do tema e por isso decidi transcrever abaixo parte de um artigo que encontrei sobre psicopatologias.
"... A histeria (neste caso será tratada como característica daquelas mulheres tidas por bruxas) sempre existiu na história humana, sempre acompanhou o ser humano desde sua introdução na vida gregária. Descrições de quadros de histeria são encontradas nos papiros egípcios que datam de 4 mil anos, como o de Kahun. O histórico documento descrevia vários sintomas encontrados em mulheres, normalmente representados por dores em diversos órgãos, variando até a impossibilidade de abrir a boca, caminhar e mexer as mãos. Na antiguidade, todos estes distúrbios eram remetidos a uma causa uterina.
Este órgão, supostamente acometido de inanição por descaso matrimonial ou crueldade do destino, deslocar-se-ia através do corpo feminino, prejudicando ora aqui ora ali o funcionamento dos diversos órgãos. O tratamento consistia em fazer o útero retornar ao seu local de origem. Essa recolocação do útero se fazia mediante a inalação de substâncias fétidas ou através de estranhas estripulias vaginais que o colocariam em seu devido lugar. ..."
Neste caso ainda não há nenhuma associação entre este quadro psicológico e a bruxaria, mas é interessante notar que a histeria e a sexualidade femina estariam associadas. Tal associação encontraria base até mesmo em Platão e Hipócrates, este último tido até hoje como patrono da medicina. E assim é descrito o tratamento de Hipócrates para histeria:

"... consistia em reconduzir o útero ao seu lugar de origem através de remédios que eram inalados e fumigações de preparados exóticos. A relação entre histeria e, digamos, preenchimento vaginal, era tão marcante que um bom remédio para os casos onde a doente perdia a voz e cerrava os dentes, seria introduzir-lhe na vagina um pessário (consolo) embebido em substâncias perfumadas até que o útero voltasse ao seu lugar [...] O tratamento preventivo, conseqüentemente, era o casamento para as jovens solteiras e o coito para as casadas, discretamente para as viúvas também..."
[...]

"Mas, a trajetória do eloqüente poder dos órgãos sexuais femininos não atravessava apenas séculos, eles se universalizavam entre as diversas culturas com, basicamente, a mesma teatralidade. Segundo Marilita Lúcia Calheiros de Castro, os Murias, um antigo povo indígena, tinham uma lenda sobre “as vaginas dentadas” das mulheres que abandonavam seus corpos para ir roer as colheitas durante a noite..."

Mas a questão é: Em que momento entram as bruxas?
Para quem já assistiu um filme clássico de bruxaria "hollywoodiana" fica latente a imagem que durante anos foi passada da bruxa como sendo uma mulher obscuramente e podemos dizer essencialmente sensual portadora de uma grande capacidade de sedução que em todos os casos relaciona-se a suas práticas mágicas e ocultas.
Apenas para citar um exemplo da promoção da imagem sensual da bruxa por Hollywood pode-se citar (embora o exemplo pudesse ser melhor) o filme The Craft (jovens bruxas).



Ao descrever a personalidade de pessoas "histéricas" o artigo em questão menciona entre outras coisas "... seu caráter afetado, exagerado, exuberante como se estivesse fingindo..." e quase toda bruxa de Hollywood o é "... Os pacientes histriônicos (nome clínico dado aos portadores dessa psicopatologia) tendem a exagerar seus pensamentos e sentimentos, apresentam acessos de mau humor, lágrimas e acusações..."
"... Representar papéis é a especialidade mais eficiente da histérica, assim, com muita propriedade ela representa aquilo que mais impressiona espectadores. Vem daí a idéia de que, entre tais papeis, essas pacientes costumam ser pseudo-hiper-sexuais, retrato superficial de sua pseudo-hiperfeminilidade..."
É aí que entra a figura da bruxa clássica na história. Por exemplo seu caráter contestador poderia ser associado a heresia pela igreja bem como seu exagero de pensamentos e é claro como não deveria deixar de ser como já mencionado até aqui sua conotação extremamente sexual seria uma clara evidência de possessão demoniaca, consequencia de possíveis práticas ocultas, cabe lembrar que isto tudo ocorria numa época de grande repressão da sexualidade.
Julgamento de Bruxas (histéricas) - A expansão do saber médico acabou retirando a natureza "demoníaca" da histeria, mas não conseguiu integrá-la adequadamente em suas classificações nem em sua seriedade clínica.
Nos dias atuais a representação clássica das bruxas vem ha muito sendo desvinculada da pessoa vítima de uma neurose e antagônicamente, graças ao cinema talvez, sendo associada ao oculto, obscuro e satânico, não que em algum momento da história tenha sido diferente.

BRUXARIA OU HISTERIA -PARTE 2


8 de abril de 2010

A CONDESSA SANGRENTA (VAMPIRESA)



"Mais conhecida como "A Condessa Sangrenta", devido aos macabros e depravados crimes que cometeu, Elizabeth Bathory foi uma aristocrata húngara pertencente a uma das mais ilustres famílias da Europa. De fato desta mesma família também foram Estevam e Sigmund Bathory, que ocuparam os tronos da Polônia e da Transilvânia, respectivamente. Além disso, também vieram dessa mesma família vários dignitários do clero e alguns ministros da Hungria. Acreditavam que madame Bathory matava jovens donzelas para banhar-se em seu sangue, uma vez que acreditava que, assim fazendo, se manteria sempre jovem e bela. Dizem que chegou a assassinar perto de 650 pessoas com este propósito. Atualmente e depois das investigações, não se sabe se o propósito era realmente este, mas de qualquer forma, pode-se assegurar que cometeu realmente uma grande quantidade de crimes de extrema crueldade.




A historia de Elizabeth começa em 1560. Seu castelo se encontrava em Cachtice, cidade situada na Slovakia. Também passou parte de sua vida em Viena, onde tinha uma mansão próxima do palácio real, no centro da cidade. Ali Elizabeth fez construir uma jaula de ferro, dentro da qual torturava as jovens donzelas.




Grande parte dos investigadores atribui os maus instintos da condessa à alguma degeneração genética, devidos aos casamentos consangüíneos de sua família. De fato Elizabeth era muito propensa a ataques de epilepsia e, entre seus familiares havia numerosos antecedentes de práticas de magia negra e satanismo. Aliás seu irmão Stephem e sua tia, ambos de marcada tendência homossexual, foram conhecidos libertinos, além disso, deve-se citar o caso de sua antepassada Cara Báthory que, apesar de praticar todo tipo de aberrações sexuais, envenenou seu próprio marido.




Aos onze anos, como era costume entre algumas famílias, Elizabeth foi prometida para Ferenc Nadasdy, filho de outra família aristocrática húngara. Foi viver com a família de Ferenc, no sombrio castelo de Csejthe. Ali gostava de manter intimidades com outros moços, chegando a engravidar de um deles. Devido a este incidente aos 13 anos, teve o filho em segredo e este lhe foi tomado, casando-se dois anos depois Ferenc Nadasdy.




Ferenc, posteriormente conhecido como "O Cavaleiro Negro" por suas proezas como general no campo de batalha, era tão cruel como sua mulher. Esteve a maior parte de seu matrimônio lutando contra os turcos e quando voltava para casa, distraia-se torturando os prisioneiros.




De fato Ferenc ensinou várias técnicas de tortura a Elizabeth. Uma das técnicas de tortura preferidas por Elizabeth era introduzir finas agulhas sob as unhas de suas servas, ou simplesmente, cravá-las em sua pele. Também diziam que se divertia dando chaves ou moedas aquecidas ao fogo para queimar as mãos dessas moças, ou as atirava nuas na neve para, depois, encharcá-las com água fria até morrerem congeladas. Conta-se que Ferenc ensinou a Elizabeth como manter a disciplina de suas donzelas às custas dessas torturas.




Por Ferenc estar sempre fora de casa, Elizabeth buscou o consolo de numerosos amantes, e de ambos os sexos. Aborrecia-se facilmente com todos e vivia buscando novos divertimentos.




Depois da morte de seu marido em 1604, iniciou obsessivamente certas práticas de bruxaria. Esta prática deu à Elizabeth liberdade e criatividade para desenvolver suas próprias perversões sexuais. Segundo registros da justiça de 1611, Elisabeth foi presa por atear fogo aos pelos púbicos de uma de suas criadas.




A origem da história sobre sua utilização de sangue para fins cosméticos, foi um dia em que, depois de dar uma violenta bofetada numa criada que a estava penteando, esta começou a sangrar e seu sangue salpicou na mão da condessa. Convenceu-se de que a pele onde havia caído o sangue rejuvenesceu e, a partir daí, começou a tomar banhos de sangue humano para manter sua juventude e beleza eternamente.




Depois dessa macabra experiência cosmética começou uma orgia desenfreada de assassinatos que se prolongou por dez anos, durante os quais seus criados saiam à caça de jovens virgens da região, quando não era ela mesma que as atraia ao castelo com a promessa de emprego. Citam mais de seiscentos e cinquenta assassinatos durante esse período. No castelo as moças eram encarceradas nas masmorras à espera de serem degoladas para que seu sangue enchesse a banheira da cruel condessa.




Um dia em que a condessa esteve doente de cama, mandou que lhe trouxessem uma jovem donzela para fazer-lhe companhia, mas quando a moça se aproximou a condessa avançou sobre ela cravando-lhe os dentes no pescoço e no tronco arrancando-lhe pedaços de carne. Chegou um momento em que guardar tal número de corpos vitimados pela condessa no castelo era um grande problema. Inicialmente a condessa queria que os corpos fossem deixados sob as camas, mas o cheiro era tão insuportável que alguns empregados tomaram a iniciativa de levar esses corpos para um campo nas imediações da cidade. E foi exatamente esse esparramo de corpos sem sangue que levaram as pessoas a acreditarem na existência de vampiros.




Madame Bathory era mais rica que o próprio rei Mathias II. Por causa disso, quanto chegaram notícias do que estava ocorrendo no castelo da condessa, o rei decidiu atuar de imediato, motivado até por razões econômicas (ou despeito). Consideraram Bathory culpada de bruxaria e todas suas posses passariam diretamente ao rei.Entretanto, o conde Thurzo, encarregado do processo contra a condessa, era um grande amigo da família Bathory e acabou fazendo um trato com ela, condenando à morte com terríveis torturas seus cúmplices e ela própria acabou sendo condenada à prisão perpétua no castelo de Esei. Morreu aos 54 anos.






Inúmeros documentos demonstram a união entre a família Bathory e a família de Vade Tepes, "O Conde Drácula". De fato, um membro da família Bathory, Stephem Bathory, encabeçou o movimento que devolveu à "Drácula" o trono em 1476."

CASO HAIGH

"Johm George Haigh, mais conhecido como "o vampiro de Londres", nasceu no seio de uma família conservadora e de fortes convicções religiosas de Yorkshire (Inglaterra). Devido à estrita educação recebida foi um menino muito religioso, chegando, inclusive, a cantar no coral de sua igreja.

À medida que crescia começou a se relacionar cada vez mais com gangues de bairro, para as quais realizava pequenos trabalhos. Esteve várias vezes preso até 1943, ano em que entrou pela última vez na cadeia, antes de começar a cometer seus terríveis assassinatos.

Pouco depois de sair da cadeia matou a sua primeira vítima; um jovem chamado Donald Mcswann. Haigh roubou tudo o que a vítima levava, em seguida bebeu seu sangue e dissolveu seu corpo em ácido sulfúrico, supostamente acreditando que não havia deixado nenhuma pista que o pudesse denunciar.

Essa macabra forma de matar seria sua rotina pelos próximos 5 anos. Em todo esse tempo mataria e beberia o sangue dos pais de Mcswanm, além de mais outras 3 pessoas, igualmente dissolvendo todos os corpos em ácido. A última vítima de Haigh foi uma mulher chamada Mrs. Durand-Deacon. Haigh seduziu-a para levá-la à sua casa, onde lhe deu um tiro na nuca. Em seguida foi à seu carro de onde trouxe um vaso e uma lâmina, com a qual cortou o pescoço da mulher para colher seu sangue no vaso. Depois dissolveu também o corpo.

Em 1949, Johm George Haigh seria preso por seus terríveis crimes. Em 28 de fevereiro de 1949, confessou ter matado 6 pessoas. Segundo suas palavras, fazia uma incisão com a lâmina na garganta, enchia o vaso de sangue e depois bebia. Grande parte de suas declarações jamais pode ser comprovada.

Em juízo contou histórias sobre entranhas alucinações e delírios que tinha e nos quais apareciam determinados símbolos relacionados com o vampirismo. Dizia ter pesadelos nos quais apareciam crucifixos cheios de sangue, e estanhos seres que bebiam este líquido.

Nunca se soube, com segurança, se todos esses delírios eram verdadeiros ou se eram simplesmente uma farsa para conseguir que o declarassem louco, livrando-o da pena de morte. Entretanto, acreditando ou não em Haigh, depois de receber a pena de morte foi enterrado em um ataúde especial para que seu corpo se putrificasse mais rápido que o normal, talvez pelo temor de que o morto pudesse escapar de sua tumba."
para referir:Ballone GJ, Moura EC - Licantropia e Vampirismo - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br, revisto em 2008.

Licantropia e vampirismo (A Maldição)

"A natureza genética das porfirias, juntamente com alguns costumes endogâmicos (casamento entre membros de uma mesma família) em alguns grupos étnicos da Europa Oriental e entre a nobreza européia em geral, poderia ter desencadeado a doença em pessoas geneticamente ligadas. Pode vir daí a lenda da maldição familiar dos Lobisomens e/ou de ser Lobisomem o sexto ou sétimo filho do casal ou coisas assim.

O Alho, Vampiros e LobisomensHá uma crença folclórica sobre o poder do alho para afugentar vampiros. Quais seriam os fundamentos dessa crença?
Existe no fígado uma enzima chamada de Citocromo P450, cuja função seria, junto com outras enzimas, remover do organismo substâncias não solúveis em água produzindo produtos xenobióticos hidrossolúveis, cumprindo assim uma das funções desintoxicantes do fígado.

Como acontece com a hemoglobina, o Citocromo P450 possui o grupo Heme que, neste caso, cumpre uma tarefa diferente. Quando o Citocromo P450 hepático está metabolizando uma amplia variedade de drogas e outros compostos orgânicos, seu grupo Heme pode ser destruído.

Muitas drogas e compostos orgânicos que destroem o grupo Heme do Citocromo P450 hepático, têm muito em comum com um dos principais componentes do alho, o dialquilsulfito, que além de tudo é volátil. Isso sugere que a ingestão ou aspiração de alho aumenta a severidade de um ataque de porfiria, pois o complexo Heme, modificado pela destruição do Citocromo P450 hepático, é um potente inibidor da enzima ferroquelatase, portanto o alho não só destrói o grupo Heme, mas também decompõe o aparato biosintético do mesmo.

Assim sendo, se o Heme não é sintetizado no organismo, não poderá inibir o excesso de síntese de porfirinas por retroalimentação negativa (feed-back) e, essa ruptura do equilíbrio é o que agrava o ataque de porfiria. Essa seqüência química faz com que o alho seja extremamente danoso aos portadores de porfiria."

PORFIRIAS (Lobisomem e Vampiro)

As Porfirias são um grupo de doenças genéticas cuja causa é um mau funcionamento da seqüência enzimática do grupo Heme da hemoglobina (a hemoglobina é o pigmento do sangue que faz que este seja vermelho e é composta pelo grupo Heme e varias classes de globinas, segundo circunstâncias , normais, que agora não vêem ao caso). O grupo Heme é quem transporta o oxigênio dos pulmões ao resto das células do organismo e é um complexo férrico (em estado ferroso). Qualquer erro na hereditariedade que interfere na síntese do grupo Heme é capaz de produzir as doenças chamadas Porfirias.




Os sintomas das Porfirias são:







  1. Fotosensibilidade, que se apresenta em todos tipos, menos na chamada Forma Aguda Intermitente. Esta fotosensibilidade é o resultado do acúmulo de porfirinas livres de metal na pele produzindo sérias lesões:1) Hirsutismo. Para o organismo proteger-se da luz, o pelo cresce exageradamente e em lugares não habituais, como no vão dos dedos e dorso das mãos, nas bochechas, no nariz, enfim, nos lugares mais expostos à luz. Evidentemente esses pacientes devem sair quase que exclusivamente à noite.






  2. Pigmentação. A pele pode apresentar também zonas de pigmentação ou de despigmentação e os dentes podem ser vermelhos fazendo que o aspecto do doente se afaste cada vez mais do ser humano normal e se aproxime da idéia de um monstro.






  3. Evitam o Sol. As porfirinas acumuladas na pele, podem absorver luz do sol em qualquer longitude, tanto no espectro ultravioleta, como no espectro visível e logo transferir sua energia ao oxigênio que provêem da respiração. O oxigênio normalmente não é tóxico, mas com o excesso de energia transferido pelas porfirinas, o oxigênio se libera sob a forma de oxigênio altamente reativo.



Este oxigênio altamente reativo, produz destruição dos tecidos, predominantemente os mais distais e mais expostos, como é o caso das pontas dos dedos, orelhas e o nariz, etc, oxidando essas áreas de forma violenta, com severa inflamação em forma de queimação.


Assim sendo, quando esses pacientes se expõem à luz, suas mãos se convertem em garras e sua face, peluda em sua totalidade, mostra uma boca permanentemente aberta por lesões repetitivas dos lábios. Estando os dentes descobertos, adquirem aparência maior, sugerindo presas. As narinas, pelos mesmos motivos das lesões, se apresentam voltadas mais para cima e como orifícios tétricos e escuros.









A Porfiria, como o paciente ao lado, entrevistado
em programa de tv, pode deixar a pessoa com esse aspecto hirsudo, talvez
originando daí a lenda do Lobisomen








Dessa forma teremos o lobisomem tal qual descrito pelo mito do Homem-Lobo. Imaginemos agora, na metade do século XIV, a possibilidade de encontrarmos em meio de una noite escura, esse tipo de paciente que sai de noite para evitar o dano que produz a luz, com a aparência descrita acima.





O imaginário popular cria monstros e lobisomens que podem inspirar pacientes com severa psicose a se comportarem como tais.





O Sangue da vítima



As Porfirias são doenças genéticas e sem cura, atualmente. Mesmo que alguns dos sintomas não possam ser aliviados, atualmente o principal tratamento para algumas porfirias, é a injeção de concentrados de glóbulos vermelhos (hemácias) ou soluções de Grupo Heme. Além disso, recomenda-se ao doente o uso continuado de filtros solares.



Mas, na Idade Media, a injeção do pigmento Heme ainda não era possível, e nem havia sido descoberto. Podemos das asas à imaginação e supor que, em algum momento, algum paciente mais desesperado tenha sido induzido ou orientado por algum curandeiro a comer ferro ou carne crua, senão a beber sangue. A própria carência de Heme ou ferro pode desenvolver essa inclinação alimentar.



Na realidade não se sabe como, mas não é difícil imaginar a pulsão que algum porfírico deve ter sentido em beber grandes quantidades de sangue e melhorar seus sintomas com isso. Nascia assim, não apenas o Lobisomem, como também o Vampiro. As descrições literárias e folclóricas da época (e até hoje) se incumbiram em oferecer um conteúdo cultural suficientemente denso para compor o cenário do delírio licântropo de muitos doentes mentais.



De fato, em um severo transtorno mental o paciente poderia valer-se do estereotipo do lobisomem e comportar-se como tal.

continua...




















Licantropia e Vampirismo

"O mito do Homem-Lobo se registra desde a Idade Média até nossos dias. Na Idade Média se cometia grande quantidade de crimes sádicos e sexuais que sempre terminavam por ser atribuídos a seres sobrenaturais, devido à superstição e ao medo da gente.
[...]
Em psiquiatria, a Licantropia aparece como uma enfermidade mental com tendência canibal, onde o doente imagina ter se transformado em lobo e, inclusive, imitando seus grunhidos. Em alguns casos graves esses pacientes se negam a comer outro alimento que não seja carne crua e bem sanguinolenta.
Isoladamente, tanto as tendências eminentemente sociológicas, quanto as psicológicas e orgânicas fracassaram. Hoje em dia fala-se no elemento bio-psico-social. Volta a tomar força os estudos de endocrinologia, que associam a agressividade do delinqüente à testosterona (hormônio masculino), os estudos de genética ao tentar identificar no genoma humano um possível "gene da criminalidade".
Esses transtornos, normalmente diagnosticados como severas psicoses, apresentam concomitantemente um alto grau de histerismo, cursando com idéias delirantes e mudança total da pessoalidade e, como outras psicoses, não sendo possível separar a realidade do imaginado.

Antigamente, sendo as psicoses de difícil tratamento, proliferavam psicóticos esquizofrênicos e outros doentes mentais, como os sádicos, necrófilos e psicopatas em geral, os quais ocorriam à licantropia como via de saída para seus delírios ou seus instintos mórbidos.

Estes doentes se inspiravam, como ainda hoje, dos personagens da cultura e do folclore para solidificar a crença em poder transformar-se em lobo, e que, nas noites de lua cheia, seu corpo se cobria de pelo, seus dentes se tornavam pontiagudos e suas unhas cresciam até converter-se em garras. Possuídos por tais delírios, os doentes vagavam pelas ruas assediando suas vítimas, atacando, mordendo e, em algumas ocasiões, esquartejando e comendo partes de seu corpo.
Hoje em dia a medicina conhece outros tipos de doenças que poderiam explicar parte do mito da Licantropia, como por exemplo a Porfiria Congênita. Esta doença se caracteriza por problemas cutâneos, foto-sensibilidade e depósitos de porfirina, um pigmento dos glóbulos vermelhos que escurece os dentes e a urina, dando a impressão que o paciente esteve bebendo sangue.

Outras doenças, como por exemplo a Hipertricose ou o Hirsutismo, as quais provocam o crescimento exagerado de pelos por todo o corpo, incluindo a face, eram interpretadas, antigamente, como qualidades sobrenaturais onde os pacientes podiam converter-se em bestas. Mas, por outro lado, ao longo da historia tem surgido alguns criminosos considerados "homens-lobo" devido aos seus métodos canibais de matar a vítima."
continua...

4 de abril de 2010

TRADIÇÕES PAGÃS NA PÁSCOA

Na Páscoa, é comum a prática de pintar-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não e citado na Bíblia. Antes, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos. Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica.
A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados. A lebre (e NÃO um coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram ditas capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada (claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima. A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade.
De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.
Estraido do blog Luz do Sol link abaixo:

3 de abril de 2010

Lugares 'mal-assombrados' viram lenda em SP

Lugares 'mal-assombrados' viram lenda em SP
Capital paulista tem fama de abrigar fantasmas em igrejas, prédios e monumentos. Edifício Joelma e Castelinho da Rua Apa estão entre os lugares que viraram turísticos.





Carolina Iskandarian Do G1, em São Paulo


Já imaginou passar as férias visitando casas e castelos mal-assombrados? E passar por um uma praça que já foi palco de enforcamentos em público há séculos? Em São Paulo, tudo isso é possível. A capital reúne lugares com fama de abrigar fantasmas e quem descobriu o filão fez disso roteiro turístico. Entre as construções que causariam arrepios estão o antigo Edifício Joelma, onde quase 200 pessoas morreram em um incêndio há 30 anos, e o Castelinho da Rua Apa, cujo risco de desabamento por má-conservação é iminente.


Com problemas cardíacos e neurológicos, o aposentado José Roberto Viestel, de 71 anos, ainda sente um aperto quando passa em frente ao Edifício Praça da Bandeira, no Centro. Durante anos ele trabalhou no prédio comercial que, à sua época, chamava-se Joelma. O nome mudou, mas a história não.



“Só vejo o prédio quando vou ao Hospital do Servidor, onde me trato. Nem gosto de olhar porque perdi muitos amigos”, conta Viestel. No dia 1 de fevereiro de 1974, um curto-circuito em um dos sistemas de refrigeração provocou um incêndio de proporções imensas. O fogo destruiu o edifício e a imagem de pessoas se atirando do alto das janelas para fugir das chamas correu o mundo, virou um estigma. O prédio comercial passou por reformas, mudou de nome, de cor, mas há quem jure que as almas dos mortos ainda passeiam pelos corredores do Joelma. Viestel acha tudo besteira, mas ri quando diz que tem certa participação nisso. “Depois do incêndio, muitos curiosos iam visitar o prédio. Como os bombeiros esqueceram alguns caixões, eu os jogava de um andar mais alto. Todo mundo corria de medo e eu achava engraçado”.

Para fugir do fogo, 13 pessoas acabaram morrendo dentro do elevador. Como não foram identificadas, surgiu o "mistério das 13 almas". A elas seriam até mesmo atribuídos milagres. Mas a fama sinistra do Joelma vai além. Antes de o prédio ser construído, houve um assassinato naquele local. Um homem matou a mãe e as irmãs e as enterrou no poço dos fundos da casa. Quando o caso foi descoberto, ele se suicidou. Falar da tragédia é complicado para Viestel, que dedicou parte de sua vida ao trabalho no Joelma. Ele era o gerente do estacionamento e lembra que foi acordado quando avisaram sobre o fogo. Da sua parte, diz que fez o que pôde. “Eu testava as mangueiras (de incêndio) uma vez por semana. As minhas estavam em perfeito estado. As dos bombeiros começaram a falhar. Até emprestei para eles”, conta.


Os relatos de prédios e construções sinistras em São Paulo vão além. Passam pelo Palácio da Justiça, onde, segundo o guia de turismo "ouvem-se choros e barulhos de pessoas condenadas que se dizem injustiçadas". Cruzam também o famoso Edifício Martinelli, no Centro, por onde “desfilaria” a alma de uma loira (a loira do Martinelli). Nem a Câmara dos Vereadores foi poupada e estaria povoada de espíritos.

XAMANISMO*


"O Xamanismo é uma filosofia de vida muito antiga, que visa o reencontro do homem com os ensinamentos e fluxo da natureza e com seu próprio mundo interior. Sua origem é um conjunto de ensinamentos milenares que, através da tradição de tribos indígenas do mundo todo, foram sendo passadas até os dias de hoje.
Esses ensinamentos são baseados na observação da natureza e seus sinais: Sol, Lua, Terra, Água, Fogo, Ar, Animais, Plantas, Vento, Ciclos, e assim por diante. Pode-se considerar o Xamanismo como a verdadeira arte de viver.
Ao observarem o ciclo da natureza e suas manifestações, os antigos xamãs puderam perceber sua conexão com o todo.
Desta forma, se abriram para o aprendizado daquilo que realmente somos e tornaram-se capazes de elevar a consciência e se relacionar com outras realidades e dimensões, assim como manter plena e perfeita harmonia com a natureza, possibilitando a total integração de seus corpos físico, mental, emocional e espiritual.


A prática do Xamanismo utiliza-se do trabalho com: ervas, direções sagradas, rituais, jornadas Xamânicas, contato com natureza e seres espirituais, ritmos, danças e movimentos corporais, elementos básicos da natureza (água, terra, ar, fogo, cristais, pedras, argila, etc...), cirurgias espirituais e técnicas de cura e purificação dos corpos físico, emocional, mental e espiritual, entre outras coisas. Atualmente, está havendo um resgate dos conhecimentos do Xamanismo a fim de aplicá-los no dia a dia, buscando elevar a consciência e alcançar novamente o equilíbrio.


[...]

Quem pratica a Magia certamente já se deparou com o Xamanismo e com a cultura celta. Mas provavelmente nunca os colocaram juntos numa mesma frase, porque aparentemente uma coisa não tem nada a ver com a outra.
O escritor e pesquisador John Matthews, também pensava assim, até que suas pesquisas o levaram a desenterrar a ponte entre essas duas tradições.

"O Xamanismo Celta se perdeu por volta do século 6 d.C., provavelmente pelo advento do cristianismo, numa época em que tudo que era relacionado ao paganismo estava desaparecendo ou tendo que se esconder". Matthews sustenta, no entanto, que muitos dos primeiros exploradores cristãos eram xamãs, apesar de não se chamarem assim. O Xamanismo Celta entrou então na clandestinidade, ressurgindo séculos mais tarde em práticas espirituais como o Witchcraft ou Bruxaria.O Xamanismo é a prática espiritual mais antiga. "Numa certa época, era praticado no mundo inteiro", afirma Matthews.

"E quase todas as religiões têm elementos xamânicos, ainda que estes não apareçam com freqüência". O principal destes elementos que definem o Xamanismo é a crença de que tudo é sagrado e divino.
"O xamã se torna uno com a natureza, com o planeta, e se comunica com os espíritos dos animais e de todas as coisas que crescem". E isto, diz Matthews, é a linha mestra de todo o xamanismo - seja ele norte americano, siberiano, brasileiro, celta. É o que ele chama de "core shamanism", as principais práticas que estão presentes no Xamanismo de qualquer cultura."


*trecho reproduzido do site Templo de Avalon






O QUE É PAGANISMO?*

"A palavra paganismo deriva do latim "paganus", que literalmente, quer dizer: homem do campo, camponês ou aldeão; um termo usado para se referir as diversas religiões dos antigos camponeses da Europa chamados de pagãos, pelos romanos. E que, até os dias de hoje, é usado equivocadamente para identificar todo aquele que não é cristão ou não foi batizado através dos preceitos comuns da igreja católica.


O paganismo é um dos caminhos que nos leva ao bem maior e à comunhão dos Deuses dentro de nós, em termos religiosos, é o culto e a reconexão com a própria natureza. Alguns celebram o caminho da Arte sozinhos ou com outras pessoas, membros de um mesmo grupo ou tradição, conhecidos como covens, tribos ou clãs.


Existem muitas vertentes dentro do Paganismo, dentre esses caminhos, alguns estão claramente definidos e possuem uma organização própria, outros não. Os caminhos mais conhecidos, hoje em dia são: Reconstrucionismo Celta, Druidismo, Wicca, Odinismo, Ásatrú e Xamanismo.

Há muitos mistérios que envolvem o paganismo. O próprio pentagrama é um deles. Um símbolo pagão muito antigo e, muitas vezes, associado ao "mal" ou quando invertido, ao satanismo e aos rituais satânicos. E que nos dias de hoje se tornou um simbolo, quase que oficial, do paganismo moderno.





Devemos lembrar que o pentagrama não é um símbolo de origem celta. Os antigos celtas contemplavam todo o mistério do círculo e das espirais. Enfim, o paganismo não tem nenhuma relação com satanismo ou magia negra. Numa versão mais moderna, a estrela de cinco pontas representa, os quatro elementos, mais o quinto elemento, como sendo o éter ou espírito divino..."




*o trecho é uma reprodução de um texto da internet. Siga o link de título.

2 de abril de 2010

A ARQUITETURA E SUA RELAÇÃO COM O OBSCURO 2ª PARTE




Uma das inúmeras personalidades influenciadas pelo estilo gótico foi o escritor Johann Wolfgang von Goethe. Em recente coleção de livros clássicos da literatura ocidental figura o livro Os Sofrimentos do Jovem Werther. Do escritor já citado, assim diz o editor da coleção:






“Precursor do romantismo alemão, este romance epistolar publicado em 1774, causou uma onda de suicídios. A trágica história de paixão irrefreável de Werther pela bela Lotte expressa a sensibilidade da burguesia ascendente e o confronto entre os sentimentos individuais e convenções sociais.”.

Goethe, também fascinado pela imponência das grandes catedrais góticas na Alemanha, vai acabar por ajudar ao impulso desta redescoberta da originalidade do período gótico, exprimindo as emoções que lhe são despertas ao admirar os gigantes edifícios de pedra. Como no caso do escritor Goethe assim também se dá com diversas pessoas ao admirar a arquitetura gótica, que volto a afirmar é uma das mais perfeitas expressão daquilo que hoje nós chamaríamos de sombrio, pois quantos de nós não se “assombram” em diversos sentidos ao admirar tais construções?




Talvez uma particularidade que mais cause espanto num primeiro instante seja encontrar nas catedrais góticas símbolos alquímicos muitos deles considerados satânicos e ocultistas como alguns da catedral de Notre Dame.


Muitos hoje encontram esta inspiração melancólica, compartilhada por Goethe, que apenas este estilo arquitetônico poderia imprimir.
No caso do livro citado acima peço que notem algumas frases em destaque, na descrição da obra, estas frases revelam muito de certo pensamento sombrio, por exemplo, a associação entre suicídio e paixão, que poderíamos identificar como sendo a expressão máxima dos sentimentos conflitantes de um período em menor escala e do ser humano numa escala maior.


Não é por nada que no século XIX em pleno auge da expressão romântica aquela mesma atmosfera apreciada por Goethe vai ganhar lugar de destaque no pensamento dos autores românticos. Inclusive autores nacionais, que vão devido às questões próprias de nossa natureza colonial transferir parte desta atmosfera para as matas às florestas, mas esta é outra história.


Embora estas postagens tenham se fundado mais amplamente na arquitetura gótica é importante lembrar que outros estilos arquitetônicos podem perfeitamente comportar os aspectos sombrios e obscuros do ser humano e que em cada diferente cultura cada povo encontrará elementos que evoquem este sentimento tão nobre, porém, sempre tão desprezado: a melancolia.



A escolha da arquitetura gótica se dá por sua importância na cultura ocidental. Trata-se de uma arquitetura rica em significados: filosofia neoplatônica e teologia cristã. Simbologia da luz, pensamento racional e matemático. Usa-se a cruz latina em analogia ao corpo humano etc.



É fácil compreender a importância da arquitetura, em especial a arquitetura gótica ao ver um filme com temática sombria ou ler um livro de terror ou na música que encontrará seu nicho dentro da atual sub-cultura gótica, que como dito na primeira postagem não deve ser entendida como um anacronismo, mas como uma releitura de um conjunto de sentimentos e visões de mundo, que não são próprios de uma única época e sim inerentes ao ser humano e elevados por alguns ao status de filosofia de vida.