
Capital paulista tem fama de abrigar fantasmas em igrejas, prédios e monumentos. Edifício Joelma e Castelinho da Rua Apa estão entre os lugares que viraram turísticos.
Carolina Iskandarian Do G1, em São Paulo
Já imaginou passar as férias visitando casas e castelos mal-assombrados? E passar por um uma praça que já foi palco de enforcamentos em público há séculos? Em São Paulo, tudo isso é possível. A capital reúne lugares com fama de abrigar fantasmas e quem descobriu o filão fez disso roteiro turístico. Entre as construções que causariam arrepios estão o antigo Edifício Joelma, onde quase 200 pessoas morreram em um incêndio há 30 anos, e o Castelinho da Rua Apa, cujo risco de desabamento por má-conservação é iminente.
Com problemas cardíacos e neurológicos, o aposentado José Roberto Viestel, de 71 anos, ainda sente um aperto quando passa em frente ao Edifício Praça da Bandeira, no Centro. Durante anos ele trabalhou no prédio comercial que, à sua época, chamava-se Joelma. O nome mudou, mas a história não.

Para fugir do fogo, 13 pessoas acabaram morrendo dentro do elevador. Como não foram identificadas, surgiu o "mistério das 13 almas". A elas seriam até mesmo atribuídos milagres. Mas a fama sinistra do Joelma vai além. Antes de o prédio ser construído, houve um assassinato naquele local. Um homem matou a mãe e as irmãs e as enterrou no poço dos fundos da casa. Quando o caso foi descoberto, ele se suicidou. Falar da tragédia é complicado para Viestel, que dedicou parte de sua vida ao trabalho no Joelma. Ele era o gerente do estacionamento e lembra que foi acordado quando avisaram sobre o fogo. Da sua parte, diz que fez o que pôde. “Eu testava as mangueiras (de incêndio) uma vez por semana. As minhas estavam em perfeito estado. As dos bombeiros começaram a falhar. Até emprestei para eles”, conta.

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