Vez ou outra eu publico aqui no blog poemas de livre inspiração cujo tema é o universo sombrio, obscuro da alma humana tais poemas, geralmente são de minha autoria, mas agora abro uma exceção para uma amiga e seus poemas melancólicos e sombrios.
A grande quantidade de poemas que recebi me deram a ideia de iniciar uma série de postagens com os poemas sombrios de Renata Filth. Aqui venho trazendo dois de seus poemas para nosso agrado.
Triste Solidão
Estou sangrando, por dentro e por fora
Meu coração chora, dos meus
olhos
caem lágrimas pretas.
Meus pensamentos estão entrando
em
um túnel onde não há ninguém.
Ouço vozes, vozes sombrias.
Meu coração sangra cada vez
mais, a
solidão é demais, não consigo encontrar
a luz do túnel.
Paro, penso, grito, mais
ninguém me escuta.
Será que minha vida será sempre
dentro deste túnel?
Não aguento mais essa solidão,
não
consigo prosseguir assim.
Uma luz se acende, mas quando
penso
que serei libertada, estou totalmente
enganada, a luz se apagou!
Falso Suicídio
Meu coração está sendo espetado
por
algo que trasborda tristeza.
Vermes sussurram em meus
ouvidos,
meus pulsos estão transbordando de
sangue, dos meus olhos escorrem
lágrimas pretas.
Lágrimas que parecem mais gotas
de
chuva que escorrem sobre um túmulo.
Túmulo que será o meu abrigo no dia do
meu suicídio.
Um suicídio que será apenas uma
encenação nos meus pensamentos.
Esses grotescos pensamentos é a
solidão
que me faz ter, solidão que eu amo de ódio.