Bernardo Joaquim da Silva Guimarães nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais, no dia 15 de agosto de 1825. Quatro anos depois, muda-se com sua família para Uberaba, onde cursou a escola primária. Posteriormente, completa a instrução secundária em Campo Belo e Ouro Preto.
Foi no ambiente acadêmico que Bernardo Guimarães consolidou sua vocação para a literatura. Lá, reuniam-se escritores como José de Alencar e Alvarez de Azevedo, de quem Bernardo se tornou amigo íntimo. Esse ambiente era marcadamente festivo, literário, boêmio e estava grandemente influenciado pelas idéias do romantismo, movimento artístico que se iniciou na Europa e se desenvolvia no Brasil desde 1838, movimento esse que dava vazão aos sentimentos e emoções do indivíduo, à popularização da produção artística e à valorização dos elementos característicos da cultura nacional.
Publicou seu primeiro livro de poesias, “Cantos de solidão”, em 1852, no mesmo ano que recebeu o título de bacharel em Direito. Não teve, entretanto, grande sucesso, pois os poemas eram de caráter satírico e erótico, incompatíveis com o gosto literário da época.
O escritor é conhecido na nossa literatura como o contador de “casos”, já que a característica mais importante de seus romances é o tom coloquial que imprime à narrativa. Reconhecemos neles a influência do ambiente e costumes sertanejos, onde as histórias são contadas “à soleira de um rancho ou ao redor de uma fogueira, para passar o tempo”. Com relação ao “conteúdo dos casos”, os fatos são dispostos de maneira tão surpreendente que se tornam dignos de serem narrados e interessantes de serem ouvidos, de maneira que o leitor se sente “preso” à narrativa.
A partir de 1869, Bernardo Guimarães começou a se destacar como escritor de prosa de ficção, com a publicação do romance "O Ermitão de Muquém", cujo enredo é contado em quatro pousadas por um companheiro de viagem. Três anos depois publicou duas de suas principais obras: "O Seminarista" e "O Garimpeiro". A consagração e a popularidade do escritor vieram à tona com a publicação do romance "A Escrava Isaura", em 1875, em meio a efervescente campanha abolicionista.
Faculdade de Direito do Largo de São Francisco por volta da época em que Bernardo Guimarães lá estudou |
Ele veio a falecer em 1884, aos 58 anos. Só muitos anos depois foi que Bernardo Guimarães veio receber as homenagens póstumas. Em 1896, foi nomeado patrono da cadeira nº. 5 da Academia Brasileira de Letras.
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A Dança dos Ossos - pdf
A Escrava Isaura - pdf
A Orgia dos Duendes - pdf
A Origem do Mênstruo - pdf
Canto da Solidão - pdf
Histórias e Tradições da Província de Minas Gerais - pdf
Inspirações da Tarde - pdf
O Devanear do Céptico -pdf
O Elixir do Pajé - pdf
O Ermitão do Muquém -pdf
O Garimpeiro -pdf
O Humor e a Ironia em Bernardo de Guimarães -pdf
O seminarista -pdf
Produções Satíricas e Bocageanas de Bernardo de Guimarães - pdf
Rozaura, a enjeitada - pdf
Fontes:
Autora do texto principal: Paula Perin dos Santos: http://www.infoescola.com/autor/paula-perin-dos-santos/54/
OLIVIERI, Antônio. Um contador de casos. IN: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. 20 ed. São Paulo, Ática, 1998.
A Dança dos Ossos - pdf
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Fontes:
Autora do texto principal: Paula Perin dos Santos: http://www.infoescola.com/autor/paula-perin-dos-santos/54/
OLIVIERI, Antônio. Um contador de casos. IN: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. 20 ed. São Paulo, Ática, 1998.
Nova Enciclopédia Barsa. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações, 1999.