De tanta inspiração e tanta vida
Que os nervos convulsivos inflamava
E ardia sem conforto.. .
Que os nervos convulsivos inflamava
E ardia sem conforto.. .
O que resta? uma sombra esvaecida,
Um triste que sem mãe agonizava...
Resta um poeta morto!
Um triste que sem mãe agonizava...
Resta um poeta morto!
[...]
Assim inicia Álvares de Azevedo o poema Um Cadaver de Poeta. A morte, aliás, seria ainda a musa inspiradora para diversos outros poemas, não apenas de Álvares de Azevedo, mas de diversos outros poetas ao redor do mundo.
No entanto, não só de poesias "vive" a morte.
A morte é inerente à vida e nas diferentes culturas os povos encontrarão diferentes formas de encarar a morte, algumas culturas encararão a morte como a mais terrível de todas as fatalidades, arauto das vindouras aflições eternas, para aqueles que permanecerão vivos sem seus entes falecidos.
Para outras culturas, no entanto, a morte pode ser encarada como uma ocasião festiva, o que pode aos olhos de alguns observadores soar como desrespeitoso.
Por diferentes motivos resolvi tocar neste tema que engloba toda a humanidade num manto agourento, negro e lutuoso e o principal deles se explica pela data desta postagem, 2 de novembro. Se você vive no Brasil ou no México então sabe que estou falando do dia de finados ou em espanhol "día de los muertos". É claro que não apenas o Brasil e o México celebram um dia específico em homenagem aos mortos, em todo o mundo muitos povos tem algum tipo de comemoração que envolve o mundo dos mortos. Nesta postagem, porém, decidi destacar um pouco da comemoração mexicana do dia dos mortos.
No caso dos mexicanos é emblemática a forma como as homenagens assumem um caráter visivelmente festivo. Ao longo dos séculos alguns costumes indígenas foram misturados com o catolicismo romano muito presente no México. De fato, esses costumes ainda caracterizam a forma de adoração dos católicos mexicanos.
Todo ano, por exemplo, muitas pessoas no México vão a cemitérios no dia 2 de novembro para comemorar o Dia de Finados. Às vezes, flores, comida e bebidas alcoólicas são deixadas para parentes ou amigos achegados que morreram, e alguns até contratam grupos musicais para tocar as músicas prediletas de seus entes queridos falecidos. Muitos católicos também fazem um altar em casa e talvez coloquem ali uma foto da pessoa que morreu.
Todo ano, por exemplo, muitas pessoas no México vão a cemitérios no dia 2 de novembro para comemorar o Dia de Finados. Às vezes, flores, comida e bebidas alcoólicas são deixadas para parentes ou amigos achegados que morreram, e alguns até contratam grupos musicais para tocar as músicas prediletas de seus entes queridos falecidos. Muitos católicos também fazem um altar em casa e talvez coloquem ali uma foto da pessoa que morreu.
A Enciclopedia de México explica que certas práticas relacionadas com o Dia dos Mortos parecem “preservar aspectos das cerimônias indígenas dos meses de ochpaniztli e teotleco, quando flores cempasúchil e tamales de milho eram oferecidos aos manes [almas dos mortos] num período do ano em que a colheita tinha acabado de ser feita — no fim de outubro e no começo de novembro”. Conforme comentado pela enciclopédia, alguns costumes lembram festividades similares comemoradas em épocas pré-colombianas, que tinham um certo clima de carnaval.
Apenas para não deixar passar em branco acho que devo mencionar também, por exemplo que até mesmo na Ásia os costumes "cristãos" relacionados à comemoração do Dia de Finados também se faz presente. Por este mesmo motivo posto a foto abaixo.
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