3 de outubro de 2010

Algernon [Henry] Blackwood - O "Homem-Fantasma"

Algernon Henry Blackwood nasceu em 1869 em "Shooter´s Hill",Kent na Inglaterra, de origens nobres, a mãe era a duquesa de Manchester, e seu pai Sir Stevenson Arthur Blackwood, secretário do tesouro e posterior administrador do correio real. Criado em um ambiente de rígida educação evangélica no "Wellington College", se afasta logo de sua família, mudando diversas vezes de residência e executando diversos trabalhos como: jornalista em New York, fazendeiro, hoteleiro no Canadá, viajou para a Alemanha para estudar (onde com um amigo de classe se interessou pelo hinduísmo), entre outras coisas...
No ano de 1899, cansado de suas aventuras, volta a Inglaterra já com 31 anos e se interessa pelo o gênero horror e pela literatura. Seu primeiro livro de contos, "The Empty House and Other Ghost Stories", foi publicado em 1906, e tem imediato sucesso. A mistura de elementos fantásticos com realistas, a cuidadosa descrição da realidade em que ambientava suas histórias, e a habilidade de saber desenvolver a atmosfera, foi a chave de tal êxito. Tanto foi que no ano seguinte publica outro livro: "The Listener and Other Stories" e em 1908 é a vez de “John Silence Physician Extraordinary”, "The Lost Valley and Other Stories (1910), "The Dance of Death and Other Stories" (1927), "Tales of Uncanny and Supernatural" (1949), e "Tales of Terror and the Unknow" - coletânea póstuma de 1965, contendo alguns contos inéditos.
Admirado por H.P. Lovecraft, que disse sobre seu conto "The Willows" (1907) ser "o melhor do conto do sobrenatural jamais escrito", a temática preferida de Blackwood é análise irregular entre o homem comum e o outro meio, como disse o próprio autor "a parte escondida da realidade", para revelar sua existência o autor se servil de fantasmas, "The Listener" (1907) e "The Woman Ghost Story" (1907), e monstruosidades, "Running Wolf" (1920) e "The Valley of the Beasts" (1949), "May Day Eve" (1907). Das suas buscas acerca do sobrenatural resultam-se também cuidadosas investigações sobre da psicologia humana como observado no na sua obra "John Silence Physician Extraordinary". Vale salientar sobre este ponto que Blackwood em dado momento de sua vida foi membro da ordem esotérica "Golden Dawn" de Aleister Crowley, a mesma que Arthur Machen fez parte.
Quando estoura a Primeira Guerra mundial o mesmo se alista no exército britânico. Depois da guerra ele retorna a Kent para escrever.

Aos 82 anos, ele foi convidado para ler na televisão uma história de terror na noite de "Halloween". Usando duas câmeras e dois cenários iguais o diretor do programa conseguiu um feito extraordinário para aquele ano de 1947: fez Blackwood desaparecer, deixando para os telespectadores apenas sua voz em off e sua cadeira vazia ocupando a telinha. No dia seguinte, a repercussão na Inglaterra foi retumbante. Em 1949 recebe uma medalha da associação televisiva e é ordenado cavaleiro do Império Britânico. Por estas e outras fica conheçido com o "Homen-Fantasma". Estes fatos acabaram marcando também um dos últimos momentos de glória da carreira desse que foi considerado um dos maiores autores de horror do começo do século XX, hoje em dia, praticamente esquecido.
Segundo Peter Penzoldt, autor de The Supernatural in Fiction (1952), o melhor trabalho crítico sobre a Weird Tales, Blackwood conheçia a obra de Lovecraft, e embora admirasse este jovem escritor disse que em seus contos faltava o 'terror espiritual', coisa que segundo ele, considerava muito importante em seus próprios trabalhos.
Blackwood faleceu no ano de 1951 em Londres.



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The Centaur (inglês);
The Damned (inglês);
The Extra Day (inglês);
Four Weird Tales (inglês);
The Human Chord (inglês);
Karma (inglês);
The Wendigo (inglês).

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