15 de agosto de 2010

Sexta feira 13


Ao começar esta postagem não poderia deixar de pedir aos meus leitores grandes desculpas por eu não ter aproveitado o gancho que a sexta feira treze que passou deu para postar algo referente a esta tão emblemática data, com mais antecedência. Mesmo assim espero que o material que estou postando agora possa ser de utilidade para todos.
BREVES RELATOS DE SUPERSTIÇÕES
EM QUASE toda a parte da terra, a superstição controla a vida de muitas pessoas. Ao passo que muitos ocidentais acreditam que uma ferradura ou um pé de coelho os proteja, muitos africanos levam no pescoço um gris-gris (amuleto) para proteger-se de espíritos maus. Pela mesma razão, também amarram um cordão protetor no pulso dum bebê novo (alguma semelhança com costumes locais?).
Pessoas que vivem a beira-rio acreditam em sereias, chamadas Mami Wata (Mãe-d’água) na República Centro-Africana. Estas são imaginadas como tendo cabelos louros e compridos, e crê-se que seduzem as pessoas a se aproximar da água, de modo que possam agarrá-las e afogá-las. Alguns tiram proveito dessa crença. Lançam sacrifícios no rio para incentivar Mami Wata a agarrar seu inimigo a próxima vez que ele vier a margem do rio.

Importantes na superstição africana são o feiticeiro e o curandeiro. O feiticeiro local lança os nzeke (búzios) para ver o que o futuro reserva. O curandeiro fornece uma poção de amor para avivar o amor desvanecente dum cônjuge. Se um relâmpago cai perto duma pessoa, conclui-se que provavelmente alguém com quem ela discutiu contratou um feiticeiro para ajudá-lo a vingar-se.

Para os supersticiosos, acontecimentos casuais assumem significado agourento. Se uma serpente ou um camaleão cruzar seu caminho, corra para casa antes que algo de ruim lhe aconteça. Se uma ave porventura entrar voando em sua casa, alguém ali irá morrer. Se cachorros fizerem barulho anormal a noite, alguém está prestes a morrer, ou acaba de morrer.

Para pessoas instruídas, na África e em outras partes do mundo, tais superstições talvez pareçam desarrazoadas. Mas, que dizer de pessoas cultas que cuidadosamente evitam passar por baixo duma escada, cancelam uma viagem desnecessária na sexta-feira, dia treze, convidam alguém de última hora para evitar que treze pessoas se sentem à mesa de jantar, ou consultam seu horóscopo no jornal matutino?

Mas, e quanto à sexta feira treze?

Antes de mais nada gostaria de lembrar o significado que a sexta feira treze tem para a nossa sociedade atual que quase que automáticamente associa esta data com o famoso filme de Hollywood com o psicopata Jason à caça de adolescentes libidinosos: "sexta feira 13" cujas seqüências já há muito tempo deixamos de enumerar. Mas a questão é: Qual a origem de todo esse temor pelo 13º dia em uma sexta feira?





Como nos lembra LUÍS FELIPE A. CASAROLLI "A Sexta Feira 13 costuma ser lembrada como um dia de azar, mas o que poucos sabem é a relação que ela tem com os Templários. Felipe IV, numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307, mandou prender todos os Templários da França e o seu Grão-Mestre, Jacques DeMolay, os quais, submetidos à Inquisição, foram por esta acusados de hereges. Por meio de inomináveis torturas físicas, infligidas a ferro e fogo, foram arrancadas desses infelizes as mais, contraditórias confissões. O Papa, desejoso de aniquilar a Ordem, convocou um concílio em Viena, em 1311, com esse fim, mas os Bispos se recusaram a condená-la à revelia; conseqüentemente, o Papa convocou um consistório privado em 22 de novembro de 1312, e aboliu a Ordem, conquanto admitindo a falta de provas das acusações. As riquezas da Ordem foram confiscadas em benefício da Ordem de São João..."

Além disso, "...tanto o Grão-Mestre do Templo, Jacques DeMolay, e Godofredo de Charney, preceptor da Normandia, foram publicamente queimados no pelourinho diante da catedral de Notre Dame, ante a turba, como hereges impenitentes."

Pode-se imaginar o impacto que algo desse tipo poderia causar na história. É claro que outros julgamentos ocorreram e outras pessoas foram queimadas em público sem, dessa feita, gerar tradições como a atual em torno da sexta feira treze, mas de qualquer forma o dia acabou assumindo um caráter de dia macabro quando todas as esperanças por fim se desfazem frente o inevitável. Dessa forma como herança européia assumimos esse temor pela sexta feira treze (que no nosso caso específico vem muito vinculado àquele famoso filme estadunidense já mencionado anteriormente e que desde a década de 80, mais enfaticamente, vem moldando nosso medo e fascínio por este dia).

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