Eu nesse momento agachado num canto da sala em posição fetal
trêmulo, convulsivo, balançando delirantemente para frente e pra trás com minha
cabeça entre os joelhos e os braços ao redor das pernas repetindo
insistentemente numa voz sufocada: por quê? Por quê? Por quê? Por quê?…
Enquanto ao meu redor o céu escurece e o frio se torna cada vez maior e mais
penetrante, enregelando cada músculo do meu corpo, entre eles o coração que
agora jaz sepulto nas trevas de um questionamento mordaz, lacerante, que segue
em seu martírio repetindo ainda mais: Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por
quê? Por quê?…
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