Julguei interessante então traçar ou pelo menos tentar traçar um quadro da influência que a conjuntura cultural da Europa Ocidental teve na arquitetura dos séculos XII até aproximadamente o século XVI.
Ok! Mas em que a arquitetura européia de séculos atrás pode contribuir para a discussão da cultura obscura? Foi pensando nesta pergunta que resolvi trazer alguns comentários que encontrei sobre o tema. De início tentarei mostrar um pouco do ambiente europeu nesta postagem e na próxima concluo com a arquitetura que afinal é o tema destas postagens.
Devido a sua origem francesa, aliás, que o “gótico” passou a ser conhecido como art français, francigenum opus (trabalho francês). Só seria conhecido como gótico posteriormente no século XVI, por meio de “Giorgio Vasari
E é exatamente neste momento do texto que entra em questão o lado obscuro tratado no aqui. Mesmo assim o conceito de “gótico” e sua relação com o obscuro com certeza era bem diferente do atual. Define assim o texto: “Vasari cria assim o termo gótico com fortes conotações pejorativas, designando um estilo somente digno de bárbaros e Vândalos, mas que nada tem a ver com os antigos povos germânicos (Visigodos e Ostrogodos).”.
Já dentro do contexto atual o termo “gótico” surge como designativo de uma determinada “tribo urbana”.
Não se trata de fazer aqui qualquer tipo de anacronismo, mas como mencionado no início do texto o ser humano se utiliza da cultura a sua volta e tendo esta como referência a manipula e adapta aos seus gostos. Apenas para fazer um paralelo menciono parte do texto colhido:
“Somente alguns séculos mais tarde, durante o Romantismo nas primeiras décadas do Século XIX, vai ser valorizada a filosofia estética do gótico. A arte volta-se novamente para o passado, mas agora para o período misterioso e desconhecido da Idade Média”.Na próxima postagem concluirei com a arquitetura propriamente dita e suas características obscuras.