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8 de outubro de 2011

As Botas

As botas eram instrumentos de tortura que como o nome já diz se parecem com botas, a diferença é que elas são recobertas de ferro ou cobre, soldadas em sua maior parte ao chão.
O processo ao qual o condenado era submetido era o seguinte: O condenado era colocado preso deitado ou sentado em uma cadeira em seguida seus pés eram colocados dentro das botas presas ao chão. Após isso as botas eram preenchidas com água fervente ou chumbo derretido para consumirem os pés e as pernas da vítima que agonizava presa e imóvel. Uma variante aplicada na Irlanda para Dermot O'Hurley consistia de botas de metal leve, que foram preenchidos com água fria e aquecida com os pés dentro sobre um fogo até que a água fervesse já um outro exemplo de Autun, França, consistia de botas de cano alto de couro, esponjoso poroso que foram colocadas ao longo dos pés e pernas. Água fervente era derramada sobre as botas, eventualmente através de imersão do couro consumisse a carne ao longo do pé.

Outra modalidade de tortura envolvendo "botas" era a bota espanhola; tratavasse de um invólucro de ferro para as pernas e pés que eram acionados por meio de um parafuso ou manivela usado para comprimir cada vez mais os pés e pernas do condenado. um ferro invólucro para a perna e pé. Ainda outra forma de tortura consistia na utilização de cunhas que assentavam as pernas dos tornozelos aos joelhos. O torturador usava um pesado martelo para bater as cunhas, apertando-as cada vez mais. Em cada pancada, o inquisidor repetia a pergunta ao inquirido. As cunhas dilaceravam a carne e esmagavam os ossos, às vezes tão completamente que era impossível para a vítima voltar a andar, ficando com as pernas completamente desfeitas.












Urbain Grandier, foi o grande vilão do CASO DAS
FREIRAS DE LOUDUN. Ele era a autoridade superior
daquela paróquia e andava envolvido em escândalos
sexuais. Quando as freiras do convento de Loudun apre-
sentaram sintomas de possessão, ou histeria, o padre foi
acusado de magia negra: o povo acreditava que ele era o res-
ponsável pelos fenômenos e o inquérito apurou que Grandier
estaria associado a dois demônios, Asmodeus e Zabulon,
para produzir os ataques.
Sessenta testemunhas fizeram acusações de adultérios,
sacrilégios e outros crimes cometidos mesmo em recintos
sagrados, dentro da igreja. O processo de Urbain Grandier
foi marcado por contradições. Várias religiosas retiraram as
denúncias e revelaram terem sido "instruídas" por superiores.
O réu afirmou sua inocência, mesmo submetido a torturas,
e manteve esta posição até o momento final, na fogueira.
Nos meses seguintes à morte de Grandier, vários de seus acu-
sadores morreram vítimas por doenças misteriosas e as freiras
continuaram a padecer de convulsões.

(HAINING, 1976 - p 106)

http://br.groups.yahoo.com/group/biblioteca_de_lucifer/message/853

Precursores deste arquétipo podem ser encontrados datando de mil anos.
 
A primeira referência feita diz respeito à algo parecido com um coturno, fez uso de uma peça de couro cru vagamente em forma de bota que era encharcada com água, posta sobre o pés e pernas era então amarrada com cordas. A engenhoca era aquecida por um fogo suave, drasticamente a contração do couro cru apertava o pé até que os ossos fossem deslocados - embora não teria sido pressão suficiente para realmente esmagar os ossos dos pés.

Uma das vítimas das botas com as cunhas de madeira prensadas foi Urbain Grandier como visto na figura ao lado.

A tortura foi descrita da seguinte forma:

[Eles colocaram] as pernas do paciente entre duas tábuas de madeira, que se ligam com as cordas, entre os quais puseram cunhas, e fizeram-nas entrar por golpes de um martelo para apertar as pernas ... [e] os ossos das pernas quebravam e caiam em pedaços quando soltos, e aqueles que se submeteram a esta tortura, morreram pouco de tempo depois.

A tortura era muito grave. Medula óssea e sangue fluíram das pernas de Grandier, e sempre que ele clamava a Deus, seus algozes anunciavam que estava na verdade chamando por Satanás. Preso pela tortura, Grandier foi arrastado para o local da execução. Apesar de sua agonia, nunca Grandier confessou à bruxaria. Ele foi queimado vivo na fogueira.

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