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19 de dezembro de 2012

Esculturas de víceras de Cao Hui

Estranho! É o mínimo que se pode falar do trabalho do chinês Cao Hui que utiliza resina para conferir o macabro aspecto de vísceras, pele e músculos às suas esculturas. Além de bolsas, poltronas e roupas que parecem ter sido atacadas por um maníaco com uma faca suas obras também contam com animais de verdade cujo aspecto plástico nos toma o espírito e arrebata os olhos. Controverso ou não eis um pouco do trabalho de Cao Hui.













12 de dezembro de 2012

Maborym

Essa postagem é resultado de uma pesquisa decorrente de uma pergunta feita por uma leitora do blog.

Originalmente publicado em
 janeiro de 1989 
– Recolhido em Preludes and 
Nocturnes na The Absolute Sandman 
Volume 1
A pergunta envolve a identidade de uma criatura mitológica chamada Maborym. Como a pergunta surgiu da leitura de uma HQ de imediato imaginei tratar-se de um nome fictício criado com fins meramente comerciais para o enredo da HQ. O nome aparece na HQ © Sandman da DC Comics. The Annotated Sandman #1 - 'Sleep of the Just'  Pesquisando em sites estrangeiros encontrei no site www.enjolrasworld.com um texto com uma breve apresentação da publicação e uma discussão dos elementos da mesma cuja tradução em que é mencionado o nome Maborym eu transcrevo abaixo.

Em seu romance
The King of Elfland's Daughter ( 1924 )
Lord Dunsany aborda a questão
das mulheres imortais, pelo
amor de um homem, deixando o seu
estatuto e tendo que aceitar a morte,
prefigurando eleições similares de Lúthien
 em O Silmarillion e Arwen em
O Senhor dos Anéis por JRR Tolkien .
"... é um deus ou demônio persa no panteão zoroastriano. Ele é mais familiar para os ocidentais sob o nome Asmodeus*. Horvendile é um nome que aparece em Lord Dunsany e James Branch Cabell. Em Dunsany (um fantasista precoce e dramaturgo, ativo nas primeiras décadas deste século, a obra mais conhecida talvez seja _The King of Elfland's Daughter_), Horvendile é um deus. No ciclo “Poictesme” de Cabell, ele é referido como um demiurgo, um ser que, embora tenha uma curta passagem pela estória, está acima dela e, possivelmente, mexendo os pauzinhos. Ele também mantém suínos que se alimentam de carne humana..."

* Asmodeus é considerado um dos sete príncipes do inferno abaixo somente de Lúcifer (o Imperador do Inferno). É o demônio representante do último pecado, a Luxúria, concepção dada ao considerado pior dos pecados. Sua origem difere muito conforme a fonte, alguns o consideram como um anjo caído, porém alguns escritos judaícos indicam Asmodeus como o "Rei Esquecido de Sodoma", nesse conto Asmodeus é visto como o homem mais impuro já nascido, e aquele que guiou Sodoma à luxuria. Alguns teólogos consideram a destruição de Sodoma como meio de matar Asmodeus, e não como prelúdio do Dilúvio. Já no livro deuterocanonico de Tobias, é citado como o assassino dos noivos de Sara. Deus envia o Arcanjo Rafael para guiar Tobias, encontrar Sara e prender o demônio nos mais altos picos terrestres. Depois de completar sua missão, o Arcanjo cura Tobit pai de Tobias e retorna para a Corte celeste.
Segundo seitas satânicas, a letra inicial de seu nome é parte integrante do acrônimo Baal, nome de deus pagão citado tanto nas escrituras sagradas do Torá (judaísmo) quanto na Bíblia (cristianismo), que se traduz nos nomes dos demônios Belzebu, Astarot, Asmodeus e Leviatã.


Asmodeus é normalmente representado como uma espécie de quimera, com asas e três cabeças: uma de homem com hálito de fogo, uma de touro e uma de carneiro, símbolos de virilidade e fertilidade. Porém, pode ser representada também como uma espécie de feiticeiro capaz de adotar a forma de aranha. Por se tratar de um humano que virou demônio e não um anjo caído, Asmodeus possuí o livre arbítrio, negado aos anjos, sendo considerado a Arma de Lúcifer para derrotar o Messias.





11 de dezembro de 2012

Por quê?...



Eu nesse momento agachado num canto da sala em posição fetal trêmulo, convulsivo, balançando delirantemente para frente e pra trás com minha cabeça entre os joelhos e os braços ao redor das pernas repetindo insistentemente numa voz sufocada: por quê? Por quê? Por quê? Por quê?… 
Enquanto ao meu redor o céu escurece e o frio se torna cada vez maior e mais penetrante, enregelando cada músculo do meu corpo, entre eles o coração que agora jaz sepulto nas trevas de um questionamento mordaz, lacerante, que segue em seu martírio repetindo ainda mais: Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?…


6 de dezembro de 2012

Crânios em frutas e legumes de Dimitri Tsykalov


Por sua natureza histórica os Crânios são símbolo do obscuro, do mal, do sombrio. Mas fugindo desse estereótipo clássico, porém, sem abandonar completamente sua natureza mórbida o artista plástico Dimitri Tsykalov propõe uma forma diferente de "degustar" esse símbolo soturno.
Nascido em 1963, em Moscou, Rússia Dimitri vive a trabalha atualmente em Paris. Sua formação se deu de 1982 - 1988 no Polygraphic Intitute of Moscow.


Para confeccionar seus crânios Dimitri utiliza nada menos do que Frutas e legumes conferindo a estes alimentos uma nova utilidade. Indigestos ou não suas obras são no mínimo curiosas.










3 de dezembro de 2012

As 'Ruínas de Detroit'

De uma das maiores cidades dos Estados Unidos da América para um imenso cenário decadente de fantasmagórico abandono Detroit, que já foi a Meca dos automóveis no mundo, vem exibindo seu lado pós apocalíptico na forma de prédios públicos e grandes áreas comerciais abandonadas, desertas.
Vítima do sucesso dos automóveis nipônicos em terras estadunidenses a grande cidade do motor, símbolo do American Dream viu seus sonhos deixados para trás pelos inúmeros moradores que foram tentar a sorte em outras terras.
Agora todo cenário decadente de Detroit pode ser apreciado no trabalho dos fotógrafos Yves Marchand e Romain Meffre que culminou em 2010 com o livro "The Ruins of Detroit". Um belo acervo do abandono e da decadência da assim chamada Motorcity. 

© Yves Marchand e Romain Meffre, David Whitney Building
© Yves Marchand e Romain Meffre, Bagley Clifford Office of the National Bank of Detroit.
© Yves Marchand e Romain Meffre, United Artists Theater.
© Yves Marchand e Romain Meffre, Fort Shelby Hotel
© Yves Marchand e Romain Meffre, Ballroom, American Hotel
© Yves Marchand e Romain Meffre, William Livingstone House.
© Yves Marchand e Romain Meffre, Piano, Saint Albertus School
© Yves Marchand e Romain Meffre, East Methodist Church.
© Yves Marchand e Romain Meffre, Classroom, St Margaret Mary School
© Yves Marchand e Romain Meffre, Biology Classroom, Willbur Wright High School.
© Yves Marchand e Romain Meffre, Vanity Ballroom.
© Yves Marchand e Romain Meffre, Michigan Central Station.
© Yves Marchand e Romain Meffre, Woodward Avenue
© Yves Marchand e Romain Meffre, Atrium Farwell Building.
© Yves Marchand e Romain Meffre, Donovan Building
© Yves Marchand e Romain Meffre, Fisher Body 21 Plant

© Yves Marchand e Romain Meffre, Highland Park Police Station.
© Yves Marchand e Romain Meffre, Jane Cooper Elementary School, Spring 2009

1 de dezembro de 2012

Do encantamento à queda: Um triste fim para os contos de fadas

Os contos de fadas se tornaram muito populares no mundo graças aos inúmeros filmes, longas de animação, peças teatrais e toda uma gama de mídias que hoje se tornaram tão populares. Em comum os contos de fadas têm a esperança que invariavelmente é apresentada na frase "... e viveram felizes para sempre."
Mas e se, contrariando as convenções, os finais não fossem felizes? Inúmeras releituras já foram feitas dos clássicos dos contos de fadas trazendo para estes uma realidade muito mais mundana, incerta e obscura.
Uma dessas releituras foi proposta pelo fotógrafo Thomas Czarnecki sob o título "From Enchantement to down" ou segundo uma tradução "Do encantamento à queda".Thomas Czarnecki é o atual diretor de arte da Leo Burnett, em Paris.

Mergulhe mais nesse universo dos contos de fadas sob o olhar sombrio de Thomas Czarnecki.
© Thomas Czarnecki, "The little red ridding hood - Happy end".  

© Thomas Czarnecki,  "Snow White - My sweet Prince". 
© Thomas Czarnecki, "Alice - just a trap".
© Thomas Czarnecki,  "Sleeping Beauty - Naughty girl". 
© Thomas Czarnecki, "Cinderella - Too fast".  

© Thomas Czarnecki, "The little mermaid - On the other shore".  
©  Thomas Czarnecki, "Jasmine - One last wish". 
                                     © Thomas Czarnecki, "The Beauty and the Beast - Not so romantic".

© Thomas Czarnecki, "Pocahontas - One more trophy".