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11 de dezembro de 2012

Por quê?...



Eu nesse momento agachado num canto da sala em posição fetal trêmulo, convulsivo, balançando delirantemente para frente e pra trás com minha cabeça entre os joelhos e os braços ao redor das pernas repetindo insistentemente numa voz sufocada: por quê? Por quê? Por quê? Por quê?… 
Enquanto ao meu redor o céu escurece e o frio se torna cada vez maior e mais penetrante, enregelando cada músculo do meu corpo, entre eles o coração que agora jaz sepulto nas trevas de um questionamento mordaz, lacerante, que segue em seu martírio repetindo ainda mais: Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?…


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