Páginas

29 de maio de 2012

O Tesouro- Poema a duas mãos


O Tesouro-
Poema a duas mãos

Existe um lindo tesouro escondido, ninguém ainda conseguiu decifrar o enigma. O ser que tem a capacidade de salvar esse lindo tesouro não o enxerga, não tenta decifrar o enigma. Triste tesouro está quase se desfazendo!

Mas persiste em procurar pelo lindo tesouro escondido este ser que não o enxerga. Rasteja pelos cantos escuros, pelo lodo sombrio e realiza com brio o trabalho hercúleo em suas mãos. Enxergará o tesouro, decifrará o enigma e este em todo seu enredamento não será tão exaustivo quando nas mãos deste ser estiver o tesouro lindo, perdido e agora não mais pelo tempo consumido.



27 de maio de 2012

Ryan Matthew Cohn

Ryan Matthew Cohn é um artista, colecionador de antiguidades e blogger da Cidade de Nova York. Sua arte é feita a partir de ossos humanos e animais. Suas inspirações vão desde os estudos anatômicos de Leonardo Da Vinci àquele que foi seu grande inspirador na fusão da anatomia com a arte o anatomista francês do século XVIII (18) Claude Beauchêne.

O ambiente sombrio de sua oficina e os objetos de seus trabalhos por si só já nos remetem a uma atmosfera  que em muitos casos nos lembram cenas de um filme de terror vitoriano, mas a beleza obscura de suas "peças" é inegável. A respeito de seu interesse pelo mundo dos ossos nos diz Ryan:

"Eu fui um ávido colecionador de ossos, desde que me lembro. ... Conforme fui crescendo, meus interesses deslocaram-se para as peças anatômicas mais raras e misteriosas e antiguidades médicas"


Ao descrever mais sobre seu interesse por este mundo Ryan conta sobre a primeira vez em que teve contato direto com um crânio humano:

"Quando adolescente, uma garota que estava namorando me deu um crânio humano. Ela não poderia ter escolhido um presente mais apropriado... Este foi o primeiro crânio Homosapien que eu tinha visto de perto. Fiquei intrigado, fascinado e inspirado de temor. Isso não era apenas um crânio de cão meio comido, este pertencia a uma pessoa real."

Sem mais mais as suas obras.






























26 de maio de 2012

Poemas de Renata Filth

            
Vez ou outra eu publico aqui no blog poemas de livre inspiração cujo tema é o universo sombrio, obscuro da alma humana tais poemas, geralmente são de minha autoria, mas agora  abro uma exceção para uma amiga e seus poemas melancólicos e sombrios. 
A grande quantidade de poemas que recebi me deram a ideia de iniciar uma série de postagens com os poemas sombrios de Renata Filth. Aqui venho trazendo dois de seus poemas para nosso agrado.


  
                                                                                  Triste Solidão

Estou sangrando, por dentro e por fora

Meu coração chora, dos meus olhos 
caem lágrimas pretas.

Meus pensamentos estão entrando em 
um túnel onde não há ninguém.

Ouço vozes, vozes sombrias.

Meu coração sangra cada vez mais, a 
solidão é demais, não consigo encontrar
a luz do túnel.

Paro, penso, grito, mais ninguém me escuta.

Será que minha vida será sempre dentro deste túnel?

Não aguento mais essa solidão, não 
consigo prosseguir assim.

Uma luz se acende, mas quando penso 
que serei libertada, estou totalmente 
enganada, a luz se apagou!

                                                                                  - Renata Filth 






Falso Suicídio

Meu coração está sendo espetado por 
algo que trasborda tristeza.

Vermes sussurram em meus ouvidos, 
meus pulsos estão transbordando de 
sangue, dos meus olhos escorrem 
lágrimas pretas.

Lágrimas que parecem mais gotas de 
chuva que escorrem sobre um túmulo. 
Túmulo que será o meu abrigo no dia do 
meu suicídio.

Um suicídio que será apenas uma 
encenação nos meus pensamentos.
Esses grotescos pensamentos é a solidão 
que me faz ter, solidão que eu amo de ódio.




22 de maio de 2012

A Dança da Morte

Com certeza a expressão é familiar para muitas pessoas, mas normalmente não costumamos nos questionar sobre seu significado, mesmo porque este já está implícito na sentença. No entanto, a expressão "Dança da Morte" por ter uma origem muito antiga merece ser ao menos detalhada.
A Dança da Morte é uma alegoria medieval que narra a universalidade da morte: destino do qual ninguém pode escapar. A dança da morte une a todos. A dança da morte ou dança macabra consiste no morto ou na personificação da morte convocando representantes de todas as esferas da vida a dançar junto ao túmulo, geralmente com um papa, imperador, rei ou mesmo o trabalhador comum. Tais figuras foram produzidas para lembrar as pessoas da fragilidade de suas vidas e como foram vãs as glórias da existência terrena.