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25 de dezembro de 2010

As origens pagãs do Natal

Então é natal! Época de festas e de comemoração ao nascimento do filho de Deus! Será...?

Nesta época do ano é muito comum assistirmos o modo como as famílias reúnem-se ao redor de todas crenças natalinas cuja tradição associa ao nascimento de Cristo. O que a maioria das pessoas não sabe, no entanto é como tais tradições podem estar permeadas de significados pagãos - muitos dos quais, aliás seriam impensáveis para uma festividade cristã. Uma parte considerável das pessoas que tem acesso a alguma informação está a par de que 25 de dezembro não corresponde ao nascimento do Cristo. Na realidade até mesmo a New Catholic Encyclopedia reconhece que “A data do nascimento de Cristo não é conhecida. Os Evangelhos não indicam nem o dia nem o mês.”
Além disso há uma vasta documentação atestando que o Natal e seus costumes foram adotados de fontes não-cristãs. De fato, a revista U.S. Catholic disse: “É impossível separar o Natal de suas origens pagãs.”

A maioria dos costumes agora associados ao Natal originalmente não eram costumes cristãos, mas sim costumes pré-cristãos e não-cristãos adotados pela igreja cristã. As saturnais, festa romana celebrada em meados de dezembro, forneceu o modelo para muitos costumes festivos do Natal. Dessa celebração, por exemplo, derivam-se os banquetes suntuosos, a troca de presentes e a queima de velas. A troca de presentes na festa de meados do inverno quase seguramente começou mais como costume mágico do que como simples costume social. Os presentes das saturnais incluíam bonecas de cera para crianças. Na época, um costume encantador, sem dúvida, mas com um passado macabro: mesmo os contemporâneos consideravam isso como provavelmente um vestígio de sacrifícios humanos, de crianças, para ajudar na semeadura.





O jornal The New York Times de 24 de dezembro de 1991 publicou um artigo sobre as origens dos costumes natalinos, entre os quais a troca de presentes. Simon Schama, professor de História na Universidade de Harvard, escreveu: “O Natal foi acrescentado às antigas festas que celebravam o solstício de inverno . . . No terceiro século, quando cultos ao Sol, como a religião mitraísta da Pérsia, chegaram a Roma, cederam-se dias em dezembro para a celebração do renascimento do Sol invicto: o Sol invencível. . ." .

A primitiva Igreja em Roma travou uma batalha especialmente difícil contra duas outras grandes festas pagãs: as saturnais, de uma semana de duração, que começavam em 17 de dez., e as calendas, que saudavam o Ano-Novo. A primeira festa era uma ocasião de anarquia autorizada, muitas vezes presidida por um chefe de folia, não o Papai Noel, mas o gordo Saturno das orgias com comida, bebida e outros tipos de travessuras. Mas era nas calendas, quando o ano mudava, que se trocavam presentes de modo ritualístico, muitas vezes amarrados a galhos de árvores que decoravam as casas durante as festividades (lembra alguma coisa?).

A atitude da primitiva igreja para com toda essa indecente alegria foi previsivelmente gélida. Os pais da igreja, notadamente o fulminante S. João Crisóstomo, não incentivavam a transigência com abominações pagãs. Visto que não havia um acordo geral sobre a data exata do nascimento de Jesus, deve ter parecido útil fazê-la substituir as saturnais. Portanto, o renascimento do Sol tornou-se o nascimento do Filho de Deus.

Da mesma maneira, as calendas foram substituídas pela Festa da Epifania, e os presentes e jóias que os romanos pagãos davam uns aos outros tornaram-se a homenagem prestada pelos três reis ao novo Rei do Mundo. Por volta de meados do quarto século, os aspectos básicos do calendário natalino foram estabelecidos permanentemente.

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