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13 de julho de 2010

Hidra

Seguindo ainda no tema relacionado aos animais mitológicos e suas representações psicológicas resolvi acrescentar aos posts outro animal deste bestiário mitológico a Hidra.
Abaixo reprodução da obra: Os Trabalhos de Hércules, de Antônio Pollaiolo.


A Hidra era um animal fantástico da mitologia grega com inúmeras cabeças de serpente (diferentes versões dizem ser 7, 8, 9 ou até 10 cabeças) que se regeneravam (ou seja, matava-se uma e surgia pelo menos mais uma em seu lugar) e corpo de dragão, cujo hálito era venenoso. Uma das cabeças era imortal. Foi derrotada por Hércules em um de seus doze trabalhos, que atirou uma pedra na cabeça imortal ou, em outras versões, destruiu cada cabeça e, para não se regenerarem, pediu a seu sobrinho Jolau para queimar cada cabeça após ser cortada para que não se regenerasse. Segundo a tradição, o monstro foi criado por Hera para matar Hércules. Quando percebeu que Hércules iria matar a serpente, Hera enviou-lhe ajuda – um enorme caranguejo-, mas Hércules pisou-o e o animal converteu-se na constelação de caranguejo (ou Câncer). Hércules, após a matar, aproveitou para banhar suas flechas em seu sangue, para as deixar venenosas também.

Psicologicamente representa o nosso interior ruim, nossas paixões e defeitos, ambições e vícios, o que existe de ruim dentro do nosso mundo interior. Enquanto a hidra, que representa esse monstro interior, não for dominada, enquanto nossas vaidades, futilidades e ostentações não forem dominadas, as cabeças continuam crescendo cada vez mais.

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