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24 de julho de 2010

Dragões nas lendas do extremo oriente

Na China, a presença de dragões na cultura é anterior mesmo à linguagem escrita e persiste até os dias de hoje, quando o dragão é considerado um símbolo nacional chinês. Na cultura chinesa antiga, os dragões possuíam um importante papel na previsão climática, pois eram considerados como os responsáveis pelas chuvas. Assim, era comum associar os dragões com a água e com a fertilidade nos campos, criando uma imagem bastante positiva para eles, mesmo que ainda fossem capazes de causar muita destruição quando enfurecidos, criando grandes tempestades. As formas quiméricas do dragão Lung chinês, que misturam partes de diversos animais, também influenciaram diversos outros dragões orientais, como o Tatsu japonês.

Nos mitos do extremo oriente os dragões geralmente desempenham funções superiores a de meros animais mágicos, muitas vezes ocupando a posição de deuses. Na mitologia chinesa os dragões chamam-se long e dividem-se em quatro tipos:





T’ien-lung: Dragão celestial, protetor dos céus e guardião dos que suportam o firmamento.





Shen-lung: Dragão espiritual celeste, é o mastro das tormentas. É suporte no céu e aquele que provoca a chuva. A vestimenta real dos imperadores chineses era adornada com a representação de Sheng-lung –dragão imperial de cinco garras que só podia ser representado ao imperador. A pessoa que se atrevesse a colocar esta prenda de forma inapropriada pagava com a morte.









Ti-lung: Dragão da terra e dos rios, na primavera vive nos céus e em outono, no mar.
Fu-ts’ang lung: Dragão que vigiava os tesouros: jóias e metais preciosos, que se ocultavam em cavernas subterrâneas. A maioria deles tinha um carácter extrovertido, e pouco interferiam na vida do homem.


Nas lendas japonesas os dragões desempenham papel divino semelhante. O dragão Ryujin, por exemplo, era considerado o deus dos mares e controlava pessoalmente o movimento das marés através de jóias mágicas.

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